Gershkovich é o primeiro jornalista ocidental detido na Rússia por espinagem desde o fim da URSSNATALIA KOLESNIKOVA/AFP
Tribunal russo prorroga detenção provisória de jornalista americano
Evan Gershkovich, do Wall Street Journal, foi detido no fim de março na Rússia por 'espionagem'
Um tribunal de Moscou prorrogou nesta quinta-feira (24) por três meses a prisão provisória do jornalista americano Evan Gershkovich, detido no fim de março na Rússia por "espionagem", uma acusação que ele rejeita.
"O período de detenção é prorrogado por três meses (...) até 30 de novembro", afirmou em um comunicado a assessoria de comunicação do tribunal.
A imprensa não foi autorizada a acompanhar a audiência de Evan Gershkovich, que aconteceu a portas fechadas. Um advogado de sua equipe saiu do tribunal sem fazer comentários, segundo uma correspondente da AFP.
A prorrogação da detenção era considerada algo quase certo: a justiça russa raramente concede liberdade durante o processo a detentos por acusações tão graves.
Jornalista do Wall Street Journal, Gershkovich, 31 anos, e que já trabalhou para a AFP, foi detido em 29 de março durante uma viagem a trabalho à região dos Urais.
Ele foi o primeiro jornalista ocidental detido e acusado de espionagem por Moscou desde o fim da era soviética, no início dos anos 1990, em um momento de forte deterioração das relações entre a Rússia e as potências ocidentais devido à invasão da Ucrânia.
Até o momento, a Rússia não apresentou publicamente nenhuma prova de suas acusações.
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