Presidente russo, Vladimir PutinAFP
Mais de 500 mil russos entraram para o exército desde o início da guerra contra a Ucrânia, diz Putin
País não revela suas baixas em decorrência do conflito
O presidente Vladimir Putin comemorou nesta terça-feira o alistamento voluntário de de 270 mil russos "nos últimos seis ou sete meses" ao Exército que combate na Ucrânia, um número que se soma aos 300 mil soldados mobilizados no ano passado.
"Fizemos uma mobilização parcial, e 300 mil pessoas se alistaram. E, nos últimos seis ou sete meses, 270 mil pessoas assinaram voluntariamente contratos nas Forças Armadas e em unidades de voluntários", disse Putin, que estimou que entre 1.000 e 1.500 pessoas se alistam diariamente.
Desde setembro de 2022 e a mobilização ordenada pelo presidente russo, mais de meio milhão de russos se alistaram nas forças russas para lutar na Ucrânia, algo que Putin saudou, elogiando o patriotismo dos cidadãos. Ele não disse se está prevista uma nova mobilização de reservistas.
A Rússia nunca revelou quantos homens participaram da operação inicial da ofensiva na Ucrânia em fevereiro de 2022, mas fontes ocidentais estimam o número em entre 150.000 e 190.000.
Diabne da resistência ucraniana, o Exército russo teve primeiro que recuar para o norte, abandonando seu objetivo de tomar Kiev na primavera de 2022 (outono no Brasil). Depois, teve de se retirar do nordeste em setembro, em meio à contraofensiva ucraniana e, finalmente, em novembro, abandonou a cidade de Kherson, no sul.
A Rússia, assim como a Ucrânia, não revela uma estimativa de suas perdas, mas, segundo fontes ocidentais, são consideráveis.
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