Imagem área do resultado da explosão que atingiu hospital em Gaza na terça-feira, 17Shadi AL-TABATIBI / AFP
O Hamas acusou Israel de ser o responsável pelo ataque aéreo. Já os militares israelenses atribuíram a autoria da explosão à Jihad Islâmica, um grupo menor e mais radical que frequentemente trabalha com o Hamas. O principal porta-voz do exército israelense, contra-almirante Daniel Hagari, disse que não houve ataques aéreos, terrestres ou navais na área no momento da explosão. A Jihad Islâmica rejeitou as alegações.As Forças de Defesa de Israel divulgaram hoje (18) essa mensagem, que afirmam ter sido intercepção de uma conversa entre membros do Hamas. No áudio, eles assumem que o foguete que atingiu o hospital na Faixa de Gaza ontem (17) foi um erro da Jihad Islâmica. Confira. pic.twitter.com/cCJZeKEI7K
— André Lajst (@AndreLajst) October 18, 2023
A transcrição da conversa divulgada pelo governo israelense mostra duas pessoas, supostamente vinculadas ao grupo terrorista Hamas, discutindo os danos causados pela explosão. "Estão dizendo que pertence à Jihad Islâmica Palestina", diz um deles, e o outro responde: "É nosso?". O orador original continua: "eles estão dizendo que os estilhaços do míssil são estilhaços locais e não como os estilhaços israelenses". "Eles atiraram vindo do cemitério atrás do hospital, e o tiro falhou e caiu sobre eles", continua.
O porta-voz Daniel Hagari disse: "verificamos esta interceptação com outras fontes de inteligência para confirmar sua precisão". Entretanto, veículos internacionais como a rede britânica BBC e o The Guardian não conseguiram checar, de forma independente, a veracidade do conteúdo.
O Hamas divulgou um comunicado afirmando que seus oponentes estão tentando "em vão desmentir a sua comissão do massacre", apresentando "uma narrativa falsa e divulgando-a através de propaganda flagrante e conversas que não tocam a realidade".
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