Organização das Nações Unidas (ONU)AFP
A reunião será celebrada a pedido de vários países, em particular da Jordânia em nome do grupo árabe, além de Rússia, Síria, Bangladesh, Vietnã e Camboja, porque o Conselho de Segurança não conseguiu chegar a um acordo sobre uma resolução relativa a este conflito.
Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU, que costuma ficar dividido sobre a questão israelense-palestina, rejeitou inicialmente uma proposta russa que pedia um "cessar-fogo humanitário".
Apenas cinco, dos 15 Estados-membros do Conselho apoiaram este texto, que condenava "toda violência contra civis e todos os atos terroristas", mas não nomeava o grupo islamista palestino Hamas, o que é inaceitável para Estados Unidos, Reino Unido e França.
Um segundo projeto de resolução elaborado pelo Brasil, que ocupa a presidência rotativa do Conselho em outubro, foi bloqueado pelo veto americano. Washington criticou o texto por não mencionar o "direito a se defender" de Israel, enquanto 12 países votaram a favor.
Antes da reunião da Assembleia Geral, às 10h locais (11h de Brasília) de quinta-feira, o Conselho de Segurança voltará a se reunir para abordar o tema. Espera-se que vários ministros das Relações Exteriores participem desta reunião, prevista há algum tempo.
"Não cabe ao país, ao governo qualquer tipo de relação que não seja uma relação institucional de país para país. Quem fala pela autoridade palestina é o presidente da Palestina; quem fala por Israel, é o presidente de Israel e é assim que estamos mantendo o diálogo", disse, em entrevista nesta sexta-feira, 13, à BandNews. "A partir do momento que mergulhássemos em questões internas de grupos A ou B que existem e têm seus posicionamentos, nós perderíamos nosso papel de mediador responsável e capaz neste momento de conduzirmos um caminho que possa levar ao cessar-fogo e ao final da guerra."
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.