Mulher caminha em região destruída de Rafah, em Gaza, após bombardeioMohammed ABED / AFP
Publicado 25/10/2023 11:06
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O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, sob controle do movimento islamista palestino Hamas, anunciou nesta quarta-feira, 25, que 6.546 pessoas morreram no território desde o início da guerra com Israel, em 7 de outubro.
O balanço inclui 2.704 crianças, segundo o ministério. Além disso, 17.439 pessoas ficaram feridas nos bombardeios israelenses executados em resposta à ofensiva do grupo terrorista em 7 de outubro, que matou mais de 1400 pessoas, a maioria civis, em território isralense. Outras 200 ainda foram sequestradas e levadas a Gaza. 
O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, explicou, na terça-feira, 24, durante visita a tropas, que o exército estava "atingindo duramente o inimigo". Nos ataques aéreos de segunda-feira, 23, o chefe de Estado israelense pontuou que "acertaram o inimigo com o golpe mais duro em um único dia".
O exército israelense anunciou, por sua vez, que tinha frustrado uma incursão do Hamas a partir do mar "no setor do kibutz Zikim", 3 km ao norte da Faixa de Gaza. Na semana passada, as Forças de Defesa de Israel anunciaram a morte de Rafat Harev Hossein Abu Halal, chefe da ala militar do grupo terrorista, em Rafah, cidade fronteiriça com o Egito. 
Israel pede exoneração de secretário da ONU
Os constantes bombardeios de Israel a Gaza foram alvos de críticas do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Durante reunião do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos, António Guterres condenou os atos do Hamas, mas afirmou que não justificavam a ofensiva em massa contra os palestinos e pediu cessar-fogo. 
"As queixas do povo palestino não podem justificar os ataques horrendos do Hamas. E esses ataques horrendos não podem justificar o castigo coletivo do povo palestino", destacou Guterres.
O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, tratou de rebater as falas do secretário da ONU na terça-feira, 24, ao questionar em que "mundo ele vivia" e que Israel não tem apenas o direito, mas o dever de se defender por uma questão de existência. 
"Senhor secretário-geral, em que mundo você vive? Sem dúvida, esse não é o nosso mundo. Como se pode colocar um acordo para um cessar-fogo quando estão dispostos a matar e a destruir nossa existência? A resposta proporcional ao massacre de 7 de outubro é a destruição total de todos e cada um dos membros do Hamas", declarou Cohen. 
Nas redes sociais, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, pediu a renúncia de Guterres e acrescentou que "não há qualquer justificação ou sentido em falar com aqueles que demonstram compaixão pelas mais terríveis atrocidades cometidas contra os cidadãos de Israel e o povo judeu".
Lideranças do Hezbollah, Hamas e Jihad Islâmica se encontram
O líder do movimento pró-iraniano Hezbollah se reuniu com a cúpula do Hamas e da Jihad Islâmica para discutir como apoiar estas organizações palestinas na guerra contra Israel, disse o grupo libanês nesta quarta-feira, 25.
O secretário-geral, Hassan Nasrallah, conversou com o número dois do gabinete político do Hamas, Saleh al Aruri, e com o líder da Jihad Islâmica, Ziad Nakhaleh, e analisaram "os últimos acontecimentos na Faixa de Gaza desde o início da Operação Dilúvio de Al-Aqsa", nome que dado pelos terroristas ao ataque de 7 de outubro em solo israelense. 
Os três grupos constituem o chamado "eixo de resistência", pró-Irã e hostil ao Estado de Israel, e coordenam suas ações com outras facções palestinianas, sírias e iraquianas. Na reunião, também se discutiu "o confronto em curso nas fronteiras libanesas".
*Com informações da AFP e Estadão Conteúdo
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