Cop28 debate rumos do combate à poluuiçãoInternet/Reprodução

Estados Unidos e China, os dois maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo, vão dialogar no fim de semana, na Califórnia, para buscar avanços antes da cúpula climática da ONU, a COP28, em Dubai, anunciou o Departamento de Estado americano nesta quinta-feira (2).
Os diálogos, às vésperas de uma aguardada visita do presidente chinês, Xi Jinping, aos Estados Unidos, serão realizados no centro turístico de Sunnylands, lembrado por ter sediado a primeira cúpula americana de Xi em 2013, após chegar ao poder.
O enviado climático dos Estados Unidos, John Kerry, receberá seu contraparte chinês, Xie Zhenhua, entre sábado e terça-feira em um sítio perto de Palm Springs, acrescentou o Departamento de Estado.
As duas partes vão discutir "melhores implementação, ambição e esforços para promover uma COP28 exitosa", acrescentou, em nota, o Departamento de Estado.
Líderes mundiais e negociadores climáticos vão se reunir em Dubai a partir de 30 de novembro, para a cúpula da ONU, em um momento em que temperaturas recorde, o aumento dos incêndios florestais e a piora das catástrofes geram preocupação crescente com o destino do planeta.
Estados Unidos e China, as duas maiores economias do mundo, são responsáveis, juntas, por quase metade das emissões de gases de efeito estufa, mas são adversários frequentes no cenário internacional.
Um tema-chave na cúpula de Dubai será elaborar os detalhes do chamado fundo de perdas e danos, que compensará os países mais pobres para enfrentar as consequências das mudanças climáticas, ao invés de simplesmente ajudá-los a se adaptar.
O governo do presidente americano, Joe Biden, não se opôs ao fundo, mas insiste em que a China aporte dinheiro juntamente com os países ricos, sabendo que conseguir financiamento será difícil em um Congresso em que o Partido Republicano (seu adversário) está repleto de céticos climáticos.
A China, embora agora seja com folga o maior emissor de carbono, afirma que os Estados Unidos têm maior responsabilidade histórica e que os países emergentes não deveriam enfrentar limitações que nunca frearam o Ocidente.