Militar americano na SíriaAFP
Pentágono: forças dos EUA e aliadas foram atacadas 23 vezes no Iraque e na Síria este mês
Washington atribuiu aumento de ataques à forças apoiadas pelo Irã
As forças americanas e seus aliados no Iraque e na Síria foram atacados com drones e foguetes 23 vezes este mês, disse um funcionário do alto escalão da defesa dos Estados Unidos nesta segunda-feira (30).
Washington atribui o aumento dos ataques às forças apoiadas pelo Irã.
Aviões de combate dos EUA fizeram incursões na semana passada contra locais na Síria que, segundo o Pentágono, estariam ligados a Teerã.
"De 17 a 30 de outubro, as forças americanas e da coalizão foram atacadas pelo menos 14 vezes diferentes no Iraque e nove vezes diferentes na Síria", disse o funcionário, que pediu para não ser identificado, referindo-se aos membros da coalizão internacional contra o grupo "jihadista" Estado Islâmico (EI).
Os ataques foram realizados, "mediante uma combinação de drones e foguetes de ataque unidirecional", e "a maioria não conseguiu atingir seus alvos, graças às nossas sólidas defesas", disse a mesma fonte à imprensa.
De acordo com os militares americanos, o número de ataques na Síria triplicou desde sexta-feira, coincidindo com informes de que tropas foram atacadas nesse país durante o fim de semana e com declarações de um grupo que se autodenomina "Resistência Islâmica no Iraque". Este último assumiu a responsabilidade por muitas das ações recentes.
O Pentágono já havia informado que os ataques deixaram 21 membros do pessoal americano feridos e que um funcionário terceirizado morreu de parada cardíaca durante um alarme falso.
Os Estados Unidos têm aproximadamente 2.500 soldados no Iraque, e outros 900, na Síria.
O aumento dos ataques contra as tropas americanas está relacionado com o conflito em curso entre Israel e o grupo islamista palestino Hamas.
Em 7 de outubro, centenas de membros do Hamas lançaram um ataque surpresa, cruzando a fronteira. A ofensiva deixou 1.400 mortos, a maioria civil, segundo autoridades do Estado hebreu.
O bombardeio de represália de Israel causou a morte de cerca de 8.300 pessoas na Faixa de Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde, na área controlada pelo grupo islamista.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.