AliExpress, filial do gigante chinês AlibabaReprodução

A União Europeia (UE) anunciou, nesta segunda-feira (6), que abriu uma investigação contra o gigante do comércio online AliExpress pela suspeita de venda de produtos ilegais, incluindo medicamentos falsificados.
A Comissão Europeia informou que enviou um pedido legal por mais informações à AliExpress, filial do gigante chinês Alibaba, para proteger os consumidores, em conformidade com a nova legislação Europeia de Serviços Digitais (DSA, na sigla em inglês) que entrou em vigor em agosto.
O executivo europeu afirmou querer saber como a AliExpress "vai cumprir as obrigações relacionadas com as avaliações de risco e as medidas de mitigação para proteger os consumidores online, em particular no que diz respeito à difusão de produtos ilegais online, como medicamentos falsos". A empresa tem até 27 de novembro para responder à solicitação.
A DSA entrou em vigor em agosto para regular 19 plataformas "muito grandes", incluindo AliExpress, Facebook e Instagram.
A UE já iniciou investigações sobre Meta, TikTok e X (antigo Twitter) para obter informações sobre como responderam à desinformação.
Thierry Breton, comissário europeu para o Mercado Interno, ressaltou que a DSA também tem como objetivo "garantir a retirada de produtos ilegais, ou inseguros, vendidos na UE por meio de plataformas de comércio eletrônico, incluindo o número crescente de medicamentos e produtos farmacêuticos falsos e potencialmente perigosos".
A Agência Europeia de Medicamentos advertiu, na semana passada, que circulam nos países do bloco injeções falsas de Ozempic, um medicamento para diabetes que se tornou muito popular para a perda de peso.