Hospital Al Shifa segue lotado desde o início do cerco israelense a GazaKHADER AL ZANOUN / AFP
O vice-ministro da Saúde da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, disse, neste domingo, 12, que um bombardeio israelense destruiu o edifício do serviço de cardiologia do hospital Al Shifa, o maior do território palestino.
"O ocupante (Israel) destruiu por completo o departamento de cardiologia do hospital Al Shifa. (...) O edifício de dois andares ficou completamente destruído em um ataque aéreo", disse Youssef Abu Rish à AFP, que não conseguiu confirmar oficialmente o bombardeio no local. No entanto, uma testemunha ratifica que houve ataques e danos na região.
O Exército israelense não respondeu imediatamente a um pedido de comentário a esse respeito, mas já havia negado ter atacado o hospital de forma deliberada.
Israel acusa o Hamas de usar hospitais, ou túneis abaixo deles, como centros de comando e esconderijos, o que o grupo terrorista nega. De acordo com um comunicado militar israelense divulgado neste domingo, os soldados "abriram e garantiram uma passagem que permite evacuar a população civil, a pé e de ambulância, dos hospitais Shifa, Rantisi e Nasser".
Aviões israelenses atingem 'infraestruturas terroristas' na Síria
Ainda neste domingo, aviões de guerra israelenses atacaram "infraestruturas terroristas" na Síria, depois de disparos desse território em direção à região do Golã, anexada por Israel, anunciou o Exército israelense.
"Em resposta ao ataque na direção das Colinas de Golã ontem (sábado), caças atacaram infraestruturas terroristas na Síria", disse o Exército, em um breve comunicado.
No sábado, 11, o Exército de Israel informou que dois projéteis lançados da Síria caíram em áreas desabitadas do Golã, o que ativou as sirenes de alerta nessa região. Na sexta-feira, 10, Israel havia respondido com um ataque depois da queda de um drone procedente da Síria caiu sobre uma escola em Eilat, no sul de Israel.
Israel ocupou parte do Golã durante a Guerra Árabe-Israelense de 1967, antes de anexá-lo em 1981. Esta anexação não é reconhecida pela ONU. Também ocorreram, repetidamente, trocas de disparos na fronteira com o Líbano, em meio à guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas, em Gaza.
*Com informações da AFP
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