Rejeição a judeus cresceu no país desde o início da guerraReprodução

A França registrou mais de 1.500 atos antissemitas desde o início da guerra entre o movimento islamista Hamas e Israel em 7 de outubro, três vezes mais que em todo 2022, indicaram nesta terça-feira as autoridades.
"Houve 1.518 atos ou declarações antissemitas", frente aos 436 registrados ao longo de todo o ano anterior, disse à rádio Europe 1 o ministro do Interior, Gérard Darmanin. Um primeiro balanço em 5 de novembro mencionava 1.040.
A França tem a maior comunidade judaica da Europa e também é o lar de milhões de muçulmanos.
No domingo, um protesto reuniu mais de 182.000 pessoas contra o antissemitismo no país, segundo as autoridades. Para o próximo domingo, 500 personalidades da cultura convocaram uma "marcha silenciosa" para pedir paz em Gaza.
Darmanin informou que os atos são "essencialmente pichações e insultos, mas também golpes e lesões". No total, houve "571 detenções" e 330 investigações judiciais abertas, indicaram à AFP as autoridades.
A França também registrou "atos antimuçulmanos", mas com menor frequência que os antissemitas, indicou Darmanin, em referência a cartas de ameaças de atentado a mesquitas e declarações contrárias ao Islã na televisão.