Soldados israelenses da Brigada de Infantaria Golani tomaram o parlamento do Hamas na cidade de GazaTwitter/Reprodução
Israel diz ter tomado edifícios das autoridades do Hamas em Gaza
Entre os locais agora ocupados pelas forças israelenses estão o parlamento do Hamas, o seu complexo governamental e a sede da polícia
O Exército israelense anunciou nesta terça-feira (14) que tomou o controle de edifícios governamentais do movimento islamista palestino Hamas na Cidade de Gaza, entre eles o Parlamento e instalações do Executivo e da polícia.
Israel bombardeia a Faixa de Gaza desde 7 de outubro, quando comandos islamistas mataram 1.200 pessoas no sul do país, segundo o balanço israelense. Atualmente, suas tropas avançam na Cidade de Gaza e apertam o cerco aos hospitais, afirmando que o Hamas os utiliza como bases logísticas e militares.
O Exército israelense afirma que tomou o controle "do Parlamento do Hamas, do quartel-general do governo, das sedes da polícia do Hamas e de uma faculdade de engenharia que servia para fabricar e desenvolver armas".
Entretanto, um dos dirigentes do Hamas em Gaza minimizou esses relatos de avanços israelenses.
"Atacar o Parlamento [...], atacar edifícios governamentais que, em certos casos, já estão destruídos, mostram uma tentativa desesperada de inventar uma vitória e criar a ilusão de controlar lugares que, em todos os casos, estão vazios", declarou o dirigente, Basem Naim.
Imagens publicadas nas redes sociais mostram soldados colocando uma bandeira israelense na tribuna do chefe do Parlamento e outros uniformizados posando em frente a uma parede sobre a qual se vê um símbolo com a inscrição: "Sede da Polícia Militar".
O Parlamento palestino, cuja sede oficial se encontra em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, deixou de funcionar há anos e foi oficialmente dissolvido em 2018.
Desde que o Hamas expulsou a Autoridade Palestina de Gaza, os dois territórios palestinos são governados por autoridades paralelas.
Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza deixaram mais de 11.300 mortos, entre eles 4.650 crianças.
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