Guardas verificam um veículo na estação fronteiriça de Nuijamaa entre a Rússia e Finlândia AFP

A Finlândia vai fechar metade das suas passagens fronteiriças com a Rússia a partir da manhã de sexta-feira, 17, uma decisão que justificou acusando Moscou de permitir a entrada de migrantes em situação irregular, anunciou o governo nesta quinta-feira, 16.
Em entrevista coletiva, a ministra do Interior, Mari Rantanen, anunciou que o Executivo decidiu fechar quatro pontos fronteiriços com a Rússia.
O governo da Finlândia, membro da UE e da Otan, avisou na terça-feira, 14, que considerava fechar a fronteira com a Rússia, por suspeita de atividades desestabilizadoras.
Nas últimas semanas, a Finlândia registrou um aumento das entradas de migrantes em condição irregular procedentes do Oriente Médio e da África, principalmente do Iraque, da Somália e do Iêmen.
"Queremos que este fenômeno acabe. Queremos que a atividade fronteiriça volte ao normal", disse o primeiro-ministro finlandês, Petteri Orpo.
"E, se a situação se espalhar para outros pontos de passagem e se tornar mais difícil, tomaremos as medidas necessárias", acrescentou o premiê.
A Finlândia compartilha uma fronteira de 1.340 km com a Rússia. O Kremlin prometeu em abril que tomaria medidas após a adesão da Finlândia à Otan, que criticou como um gesto contra a segurança da Rússia.