Mahmoud Abbas disse que só retornará a Gaza como parte de negociações de paz israelenses-palestinas mais amplas AFP
Faixa de Gaza: crescem as diferenças sobre o papel da liderança palestina no pós-guerra
Israel disse que não quer governar área conflagrada quando sua ofensiva terminar, possivelmente daqui a alguns meses
À medida que os líderes ocidentais e árabes olham para além da guerra de Israel na Faixa de Gaza, a maioria concorda que quer algum tipo de governo palestino administrando o enclave, mas não consegue concordar sobre quem ele deve incluir.
Um ponto de consenso emergente é que a Autoridade Palestina — da forma como opera e supervisiona a Cisjordânia — não está à altura do trabalho. Mas não há uma alternativa fácil.
Os Estados Unidos e os países europeus concordam com o que não querem. Eles rejeitam o deslocamento de palestinos de Gaza a longo prazo, a reocupação da área por Israel ou o retorno do Hamas de uma forma que ameace Israel.
O secretário de Estado Antony Blinken disse que Gaza e a Cisjordânia devem ser unificadas sob a Autoridade Palestina. O líder da autoridade, Mahmoud Abbas, de 88 anos, disse que retornaria a Gaza somente como parte de negociações de paz israelenses-palestinas mais amplas para uma solução de dois Estados.
Israel disse que não quer governar a faixa quando sua ofensiva terminar, possivelmente daqui a alguns meses, mas deseja manter a segurança para garantir que Gaza não seja usada para atacar israelenses. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu também disse que se opõe ao governo da Autoridade Palestina em sua forma atual.
Complicando a situação, alguns países árabes, como o Egito, que acreditam que o Hamas deve desempenhar um papel na política palestina — uma perspectiva à qual Israel e muitos países ocidentais se opõem. Os líderes árabes argumentam que, embora Israel possa destruir as capacidades militares do Hamas em Gaza, isso não eliminará o grupo como um movimento político, e os líderes do Hamas devem ser engajados para promover a estabilidade.
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