Centro de monitoramento norte-coreano encontrou indicios de bases militares do EUA em GuamSTR / KCNA VIA KNS / AFP
Coreia do Norte afirma que novo satélite registrou imagens de bases dos EUA em Guam
Arquipélago é um dos catorze territórios não incorporados pelo governo americano e fica a 3.430 km de distância do território norte-coreano
A Coreia do Norte afirmou nesta quarta-feira, 22, que seu líder Kim Jong Un examinou imagens de bases dos Estados Unidos na ilha de Guam, no Pacífico, que foram registradas pelo novo satélite de vigilância lançado esta semana. Arquipélago é um dos catorze territórios não incorporados pelo governo americano e fica a 3.430 km de distância do território norte-coreano.
A entrada em órbita do satélite Malligyong-1, anunciada na terça-feira pela Coreia do Norte, é um desafio às resoluções da ONU que proíbem Pyongyang de utilizar tecnologias de mísseis balísticos.
Kim "observou as fotos aeroespaciais da base aérea de Anderson, o porto de Apra e de outras importantes bases militares das forças americanas feitas no céu de Guam, no Pacífico", afirmou a agência oficial de notícias KCNA, que também citou que as fotografias foram recebidas às 21H21 (locais) de quarta-feira.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, "condenou de maneira veemente o lançamento", informou seu porta-voz, Farhan Haq.
"Qualquer lançamento da Coreia do Norte que utilize tecnologia de mísseis balísticos é contrário às resoluções do Conselho de Segurança", acrescentou.
Após o satélite ir a órbita, a agência KCNA afirmou que a Coreia do Norte pretende lançar outros "a curto prazo".
"O lançamento de um satélite de reconhecimento é um direito legítimo da RPDC (República Popular Democrática da Coreia) para reforçar suas capacidades de autodefesa", destacou.
A Coreia do Sul reagiu ao lançamento com o anúncio de que retomará as operações de vigilância na fronteira com a Coreia do Norte, que foram suspensas em 2018 no âmbito de um acordo para reduzir as tensões militares.
O lançamento também foi condenado por Japão e Estados Unidos, no momento em que a aproximação entre Coreia do Norte e Rússia preocupa a Washington e seus aliados na região. Os sul-coreanos afirmam que Pyongyang fornece armas a Moscou em troca de tecnologias espaciais russas.
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