A jovem Mellyssa Costa, de 21 anos, e o ex-companheiro, Dheraldy MendesFoto:Reprodução/Internet

A estudante Mellyssa Pereira da Costa, 21 anos, foi encontrada morta em seu apartamento, em Danbury, no estado de Connecticut, Estados Unidos, onde vivia com seu filho pequeno. O principal suspeito do crime, que aconteceu na madrugada da última segunda-feira (20), seria o ex-companheiro da vítima, identificado como Dheraldy Mendes, que também foi encontrado sem vida no local. A criança, ilesa, estava sob cuidado das autoridades americanas. 
Mellyssa, nascida na cidade de Parauapebas, no estado do Pará, havia se mudado para os EUA há cerca de três anos, acompanhada de seu então marido, com quem estava junto desde a adolescência. Ela estava matriculada em um curso de Biomedicina e Perícia Criminal, optando por permanecer no país após a separação para concluir seus estudos.

De acordo com as informações fornecidas pela família e amigos, o suspeito teria dificuldades em aceitar o término do relacionamento e, depois de cometer o crime, tirou a própria vida. Não há informações, no entanto, sobre as causas das mortes. O filho do casal, com aproximadamente 1 ano, foi encontrado sem ferimentos no local. 
Segundo a amiga da família, Gilvana Nunes, 46 anos, a mãe de Mellyssa está inconsolável. "Ela está muito abalada, não está conseguindo falar com ninguém, nós até evitamos falar com ela. A situação está muito difícil", disse. A amiga ainda relatou a preocupação da avó com o neto, que ainda está em território americano.
Gilvana descreveu, também, a jovem como uma pessoa muito extrovertida e responsável. "Ela estava lá para buscar uma vida melhor para ela, para o filho e ainda ajudava a mãe, que está aqui no Pará. Ela sempre ligava para a mãe para falar sobre o netinho e, infelizmente, essa vida foi interrompida", contou.
Vaquinha para translado do corpo 
Duas campanhas de arrecadação de fundos foram organizadas para ajudar no traslado do corpo de Mellyssa para o Brasil. Uma foi por criada por Thalyta Oliveira que, segundo Gilvana, seriam pessoas próximas à jovem nos EUA e já arrecadou até às 12h30 desta quarta-feira aproximadamente U$ 4.055.
Uma outra está sendo divulgada nas redes sociais da cidade de Barcarena, no Pará e identificada pela chave pix direcionada à mãe da jovem, Mayrllon Dione Landinho. 
Itamaraty monitora o caso
Procurado, o Ministério das Relações Exteriores se pronunciou por meio de nota. Confira na íntegra.
"O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Hartford, tem conhecimento do caso, está em contato com as autoridades locais e permanece à disposição para prestar a assistência consular cabível à família da nacional.

Em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, os consulados brasileiros poderão prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais. O traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos, à luz do § 1º do artigo 257 do decreto 9.199/2017.

Em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, informações detalhadas poderão ser repassadas somente mediante autorização dos familiares diretos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros."