Gaza começou a ser bombardeada após ataque do Hamas em 7 de outubroJohn Macdougall/AFP

A trégua entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza entrou em vigor nesta sexta-feira(24) e deve levar à libertação de 13 reféns durante a tarde, nos primeiros sinais de distensão após semanas de guerra.
O Catar, que atua como mediador no conflito, havia anunciado na quarta-feira uma trégua de quatro dias, acompanhada de uma troca de reféns mantidos em Gaza por presos palestinos detidos em Israel. O acordo prevê trocar em quatro dias um total de 50 reféns civis por 150 palestinos.
A entrada em vigor do pacto estava prevista inicialmente para quinta-feira, mas foi adiada para sexta-feira às 07h locais (05h GMT, 02h no horário de Brasília), anunciou o Catar. A libertação de 13 mulheres e crianças deve ser às 16h.
Ao amanhecer milhares de pessoas que fugiram das regiões próximas à fronteira com o Egito se preparavam para voltar para suas casas, reunindo seus pertences em bolsas de plástico e caixas de papelão.
No céu, aviões israelenses haviam cessado os bombardeios, mas lançaram panfletos de advertência: "A guerra não acabou (…) Retornar ao norte é proibido e é muito perigoso".
No sul de Israel, quinze minutos após o início da trégua, as sirenes de alerta antiaéreo foram ativadas em várias localidades próximas à fronteira com Gaza, disse o Exército sem dar mais detalhes.
Hamas anunciou "uma paralisação total das atividades militares" por quatro dias, durante a qual 50 reféns serão liberados. Para cada um deles, "três presos palestinos" serão soltos, indicou.
Na manhã desta sexta, uma fonte de segurança egípcia disse à AFP que uma delegação de segurança de seu país estará em Jerusalém e Ramallah para garantir o "respeito à lista" de presos palestinos liberados.
Uma fonte dentro do Hamas disse à AFP que a entrega destes reféns será feita "secretamente, longe da imprensa".
Israel divulgou uma lista de 300 palestinos (33 mulheres e 267 menores de 19 anos) que podem ser soltos. Entre eles, há 49 membros do Hamas.