Policiais paraguaios da Interpol foram presos por ordem do Ministério Público Divulgação
Três policiais da Interpol são presos no Paraguai
Agentes são suspeitos de terem apagado o 'código vermelho' da prisão de Gianina García Troche, esposa do narcotraficante uruguaio foragido Sebastián Marset
Três policiais paraguaios da Interpol foram presos por ordem do Ministério Público sob suspeita de terem apagado o "código vermelho" da prisão de Gianina García Troche, esposa do narcotraficante uruguaio foragido Sebastián Marset.
"O segundo oficial Hugo Javier Vallejos, a oficial ajudante Gabriela Vasos Mosqueira e o suboficial ajudante Kevin Eduardo Montiel estão detidos", informou a promotora Ruth Benítez aos jornalistas nesta quinta-feira (30).
Em uma operação de busca na casa de Montiel foram encontradas cópias da ficha de Sebastián Marset, procurado pela polícia internacional por tráfico de drogas e cujo paradeiro seria o Paraguai, afirmam as autoridades bolivianas.
"Também foram encontrados cartões SIM e telefones", disse a promotora Benítez, acrescentando que "foram encontrados no seu armário fichas de Marset e de outras pessoas ligadas à investigação, quatro chips, entre outros elementos que servem de prova no caso".
A promotora disse que os documentos de compra de um carro adquirido três dias após a emissão do aviso de prisão contra a esposa de Marset foram apreendidos na casa do policial. García Troche é processada no Paraguai por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros crimes.
Na semana passada, 17 policiais da Interpol-Paraguai foram destituídos de seus cargos pelo mesmo caso, e um chefe do escritório, identificado como o delegado Rodolfo Fernández, foi demitido na terça-feira como resultado parcial da investigação. "Não estão descartadas mais detenções", alertou Benítez.
"É um golpe duro para a instituição. É um momento difícil para a polícia", admitiu o comandante da Polícia do Paraguai, comissário Carlos Benítez, em entrevista coletiva.
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