Soldados israelenses patrulham GazaExército de Israel / AFP

O Exército israelense confirmou, nesta sexta-feira (1), a morte de cinco reféns retidos na Faixa de Gaza, e informou que seus familiares foram avisados.
"Nos últimos dias, o Exército e a polícia israelense notificaram as mortes [de cinco reféns] às suas famílias", declarou Daniel Hagari, porta-voz da força armada, durante uma entrevista coletiva.
"Um comitê de especialistas [...] determinou sua morte após uma investigação e baseando-se em informação dos serviços de Inteligência", acrescentou.
Hagari revelou que uma operação militar "baseada em informações específicas permitiu trazer de volta o corpo do refém Ofir Zarfati, para que seja enterrado em Israel".
Dos cerca de 240 sequestrados em 7 de outubro em um ataque sem precedentes do movimento islamista Hamas contra Israel, "136 reféns, entre eles 17 mulheres e crianças", continuam retidos em Gaza, informou o porta-voz militar.
O Hamas, que governa Gaza desde 2007, destacou, por sua vez, as mortes de três reféns - um bebê, o irmão dele e sua mãe - e as atribuiu a um bombardeio israelense anterior à trégua de uma semana encerrada nesta sexta.
Hagari disse que essas mortes "não foram confirmadas" por Israel.
A trégua permitiu fazer a troca de 80 reféns, todos eles mulheres e crianças, por 240 prisioneiros palestinos, também mulheres e menores.
Cerca de 20 estrangeiros ou pessoas com dupla nacionalidade, a maioria tailandeses que trabalhavam em Israel, também foram libertados fora do âmbito do acordo.
Desde o fim da trégua, na manhã desta sexta, os combates e os bombardeios foram retomados em Gaza.
A guerra começou em 7 de outubro, quando milicianos islamistas invadiram o sul de Israel, matando 1.200 pessoas, a maioria civis, e sequestrando cerca de 240, segundo as autoridades israelenses.
Em retaliação, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas e iniciou uma campanha de ataques aéreos e terrestres em Gaza que, segundo o governo do Hamas, deixou mais de 15.000 mortos, a maioria civis.