"Peço a todos os envolvidos que sejam tão pragmáticos e dispostos quanto possível a chegar a um compromisso para que possamos terminar isto", declarou Scholz durante uma coletiva de imprensa em Berlim em referência ao pacto comercial.
Ele falou ao lado do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, depois de reunião bilateral realizada em Berlim. O alemão disse que é possível conseguir maioria para aprovar o acerto nas instâncias europeias depois de concluídas as negociações.
Segundo ele, o acerto seria bom para as relações entre a União Europeia e o Mercosul. O chanceler da Alemanha diz que quer criar empregos através da transformação de matérias-primas no Brasil.
Macron elogiou Lula, a quem classificou como "visionário e corajoso", e disse que há muito alinhamento entre as visões do Brasil e da França, sobretudo em relação ao combate ao desmatamento, políticas para Amazônia, na área de Defesa, Economia e Cultura.
"E é justamente por isso, por isso mesmo, que sou contra o acordo Mercosul-UE, porque acho que é um acordo completamente contraditório com o que ele está fazendo no Brasil e com o que nós estamos fazendo, porque é um acordo que foi negociado há 20 anos, e que tentamos remendar, e está mal remendado", disse.
Em seguida, Macron citou outros acordos celebrados, como com o Canadá, a Nova Zelândia e o Chile. "Não leva em conta a biodiversidade e o clima dentro dele. É um acordo comercial antiquado que desmantela tarifas. Nos últimos anos, esses acordos foram bastante aprimorados", criticou.
"Assuma a responsabilidade de que os países ricos não querem fazer um acordo na perspectiva de fazer qualquer concessão. É sempre ganhar mais. E nós não somos mais colonizados. Nós somos independentes. E nós queremos ser tratados com respeito como países independentes, que temos coisas para vender. E as coisas que nós temos para vender têm preço. O que nós queremos é um certo equilíbrio", argumentou o presidente brasileiro.
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