Cruz Vermelha foi fundamental na troca entre reféns e prisioneirosMohammed Abed/AFP

O Exército de Israel exigiu nesta quarta-feira que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha tenha acesso aos reféns israelenses e estrangeiros retidos desde 7 de outubro pelo movimento palestino Hamas e seus aliados na Faixa de Gaza, território submetido a bombardeios intensos.
"Ao mesmo tempo que as Forças Armadas ampliam suas operações para desmantelar o Hamas em Gaza, não perdemos de vista... a nossa missão crítica de resgatar os reféns", afirmou o porta-voz do Exército, Daniel Hagari. "Cada minuto de cativeiro coloca a vida dos reféns em risco", destacou.
"A comunidade internacional deve agir", acrescentou, antes de insistir que "a Cruz Vermelha deve ter acesso aos reféns retidos pelo Hamas".
O CICV, alvo de críticas em Israel, afirmou à AFP no fim de novembro que não sabia o local de detenção dos reféns e que não poderia ter acesso a eles sem a autorização dos sequestradores.
Israel afirma que 138 dos 240 reféns sequestrados no ataque do Hamas em 7 de outubro permanecem retidos pelo grupo armado palestino e seus aliados.
O ataque de 7 de outubro foi o mais violento na história de Israel, com quase 1.200 pessoas assassinadas, a maioria civis, segundo as autoridades israelenses. Em resposta, o exército israelense bombardeia a Faixa de Gaza desde então. O Ministério da Saúde Gaza aponta que mais de 16 mil pessoas já foram vítimas dos bombardeios.