Joe Biden, atual presidente dos EUADrew Angerer / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Estados Unidos e Reino Unido anunciaram nesta quarta-feira (13) novas sanções contra o grupo islamista palestino Hamas por seu ataque de 7 de outubro contra Israel.
A medida "aponta para funcionários-chave que perpetuam a agenda violenta do Hamas ao representar os interesses do grupo no exterior e administrar suas finanças", explicou o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos em nota.
"O Hamas continua dependendo em grande medida de redes de funcionários e aliados bem localizados, explorando jurisdições aparentemente permissivas para dirigir campanhas de arrecadação de fundos (...) com o objetivo de destinar esses recursos ilícitos ao apoio de suas atividades militares em Gaza", explicou o subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson.
As sanções apontam para mais de dez funcionários e operadores do Hamas, incluindo Ismail Barhum, radicado em Gaza, que, segundo autoridades americanas, atuou como executivo financeiro regional "para acrescentar dinheiro da arrecadação global de fundos às contas oficiais do Ministério das Finanças do Hamas".
Os Estados Unidos estão aumentando a pressão sobre o grupo palestino desde o ataque que matou cerca de 1.200 pessoas, em sua maioria civis, e tomou cerca de 240 reféns, segundo as autoridades israelenses.
Israel respondeu com bombardeios incessantes ao território palestino apoiado por uma maciça operação terrestre. Segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas, 18.412 pessoas morreram, a maioria mulheres e menores.
O Ministério das Relações Exteriores britânico indicou em uma declaração que também foram sancionados o cofundador do Hamas, Mahmoud Zahar, radicado em Gaza, e Ali Baraka, chefe de relações exteriores do grupo baseado no Líbano, que "defendeu publicamente os ataques de 7 de outubro e tentou justificar a tomada de reféns".
"As sanções de hoje contra o Hamas e a Jihad Islâmica palestina seguirão cortando-lhes os acesso a financiamentos e isolando-os ainda mais", afirmou o secretário de Relações Exteriores britânico, David Cameron.