Israel bombardeia Gaza desde os ataques de 7 de outubroJack Guez/AFP
A resposta israelense deixou Gaza em ruínas, com mais de 18.600 mortos, a maioria mulheres e menores de idade, segundo o Ministério da Saúde do Hamas. Casas, estradas, escolas e hospitais foram destruídos.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, cujo governo forneceu bilhões de dólares em ajuda militar a Israel, fez na quarta-feira a crítica mais dura até o momento, ao afirmar que o "bombardeio indiscriminado" israelense contra Gaza enfraquece o apoio internacional.
Apesar da crítica, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reiterou: "Continuaremos até o fim. Não há nenhuma dúvida. Digo isso com grande dor, mas também à luz da pressão internacional. Nada irá nos deter. Iremos até o fim, até a vitória".
E o ministro das Relações Exteriores, Eli Cohen, destacou que a guerra contra o Hamas continuará "com ou sem apoio internacional".
O conselheiro de Segurança Nacional de Biden, Jake Sullivan, deve chegar nesta quinta-feira em Jerusalém para conversar com Netanyahu e seu gabinete de guerra.
Antes da viagem, Sullivan declarou em um evento do Wall Street Journal que discutirá um calendário para o fim da guerra e que pretende pedir às autoridades israelenses para "avançar a uma fase diferente das operações de alta intensidade que vemos hoje".
Netanyahu também admitiu "divergências" com Washington sobre como Gaza será administrada depois do conflito. O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, declarou na quarta-feira que "qualquer discussão sobre Gaza ou a causa palestina sem a presença do Hamas, ou das facções da resistência, será uma ilusão".
Também disse que o Hamas está preparado para negociações que levem a um "caminho político que assegure o direito do povo palestino a um Estado independente com Jerusalém como sua capital".
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