Sudão enfrenta uma guerra civil desde abril de 2023AFP

Ao menos 33 civis morreram na capital do Sudão, Cartum, na quinta-feira, a maioria devido a bombardeios do conflito que afeta o país, informou uma comissão de advogados pró-democracia nesta sexta, 12.

Desde abril, o Sudão sofre um conflito entre o Exército, dirigido pelo general Abdel Fatah al Burhan, e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FAR), do general Mohamed Hamdan Daglo. Estes dois militares, que foram aliados, agora disputam o poder.

Na quinta-feira, "23 civis morreram no distrito de Soba", indicou uma comissão de advogados que antes informou a morte de dez civis em um confronto com fogo de artilharia na periferia de Cartum.

Em dezembro do ano passado, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu ação urgente frente à piora da crise sanitária no Sudão e urgiu a comunidade internacional a aumentar a ajuda financeira. Segundo a ONU, ao menos 7,1 milhões de pessoas deixaram suas casas, incluindo 1,5 milhão que buscaram refúgio em países vizinhos. A guerra deixou mais de 12.000 mortos, segundo uma estimativa da ONG Acled.
"É preciso agir com urgência para deter o agravamento do conflito no Sudão, onde as crises humanitária e sanitária pioram como consequência do novo deslocamento de centenas de milhares de pessoas, principalmente mulheres e crianças", escreveu Tedros Adhanom Ghebreyesus na rede social X.
*Com informações da AFP