Navio Marlin Luanda, do Reino Unido, foi atacado por grupo rebeldeReprodução

Forças americanas destruíram neste sábado (27) um míssil antinavio dos rebeldes huthis no Iêmen que estava pronto para ser disparado, depois que o movimento apoiado pelo Irã atacou um petroleiro britânico no Golfo de Aden.
O Comando Central dos Estados Unidos na região (Centcom) anunciou que executou um ataque neste sábado contra "um míssil antinavio direcionado para o Mar Vermelho e que estava pronto para o lançamento".
"As forças bombardearam e destruíram o míssil em legítima defesa", acrescentou o Centcom na rede social X.
Horas antes, os Houthis, que controlam Sanaa, a capital do Iêmen, afirmaram que dispararam "mísseis" contra um "petroleiro britânico, o Marlin Luanda". O navio sofreu um incêndio.
O "Marlin Luanda" operava em nome do Trafigura Group, que afirmou neste sábado em um comunicado que não foram registradas vítimas. O incêndio no navio ainda não foi controlado, segundo a empresa.
O porta-voz militar dos rebeldes, Yahya Saree, afirmou em um comunicado que o ataque foi executado em solidariedade ao povo palestino e "em resposta à agressão britânica e americana contra nosso país".
A empresa de risco marítimo Ambrey já havia informado que um navio comercial havia sido atingido por um míssil na costa do Iêmen, o que provocou um incêndio a bordo.
O Centcom confirmou o ataque e afirmou que "o navio emitiu um pedido de socorro e relatou danos. O USS Carney e outros navios da coalizão (internacional no Mar Vermelho) responderam e prestaram assistência. Não foram relatados feridos".
O canal de televisão Houthi 'Al Masirah' informou neste sábado que Estados Unidos e Reino Unido executaram dos ataques aéreos contra o porto de Ras Isa, na província de Hodeida, que abriga o principal terminal de exportação de petróleo do país.
Desde novembro, os Houthis atacam o que consideram navios vinculados a interesses israelenses no Mar Vermelho, em solidariedade com os palestinos de Gaza.
A campanha de ataques prejudicou o tráfego marítimo e levou Estados Unidos e Reino Unido a efetuar ataques de represália. Desde então, os Houthis anunciaram que os interesses das duas potências também são alvos legítimos.