Publicado 16/01/2024 13:05 | Atualizado 16/01/2024 13:07
A Guarda Revolucionária do Irã anunciou que atacou um local de "espionagem" de Israel na região do Curdistão iraquiano nesta terça-feira, 16. De acordo com autoridades curdas, quatro pessoas morreram e seis ficaram feridas.
O ataque ocorreu em meio a uma escalada regional da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, que começou após os ataques terroristas do dia 7 de outubro. Na ocasião, 1 200 pessoas foram mortas e mais de 240 viraram reféns. O Irã apoia o Hamas militarmente e economicamente, assim como outros grupos como o Hezbollah no Líbano e os Houthis no Iêmen.
Teerã apontou que o "quartel-general de espionagem" da agência de inteligência israelense Mossad havia sido usado para planejar atos "terroristas" contra o Irã. Autoridades curdas negaram as alegações e Tel-Aviv não se pronunciou sobre o ocorrido.
Iraque repudia ataque
As forças iranianas "sempre usam desculpas infundadas para atacar Erbil", disse o Conselho de Segurança Regional Curdo em um comunicado, acrescentando que a capital regional do Curdistão iraquiano é uma "região estável e nunca foi uma ameaça para qualquer parte".
"Esta é uma violação flagrante da soberania da região do Curdistão e do Iraque, e o governo federal e a comunidade internacional não devem permanecer calados em relação a este crime", afirmou o conselho.
O governo do Iraque pediu o retorno de seu embaixador em Teerã para consultas e convocou o encarregado diplomático iraniano em Bagdá para esclarecimentos.
O vice-presidente do parlamento regional do Curdistão, Hemin Hawrami, identificou os mortos como sendo um empresário iraquiano e a sua família. Condenando o ataque, Masrour Barzani, primeiro-ministro do Curdistão, apontou nas redes sociais que trabalhará com aliados internacionais nos próximos dias "para impedir novos ataques brutais".
O ataque ocorreu em uma área nos arredores da cidade de Erbil, perto de um prédio do Consulado dos EUA que está em construção. Há um Consulado dos EUA dentro da cidade que está funcionando.
Escalada nos conflitos
O Irã prometeu vingança após a morte de um alto oficial da Guarda Revolucionária na Síria. Washington também atacou alvos em solo iraquiano visando grupos apoiados por Teerã. Os EUA e outros países ocidentais realizaram diversos ataques contra os Houthis no Iêmen, em retaliação a ofensiva do grupo iemenita contra navios no Mar Vermelho.
O ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, alertou os Estados Unidos e seus aliados na segunda-feira, 15, contra atacar o Iêmen. Também na terça-feira, o Corpo da Guarda Revolucionária disse ter lançado mísseis contra militantes do Estado Islâmico na Síria, informou a mídia estatal iraniana. Esse ataque ocorre depois que um ataque a bomba na cidade iraniana de Kerman, pelo qual o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade, matou 95 pessoas neste mês.
Desde meados de novembro, o grupo iemenita ataca embarcações que passam por estas rotas marítimas como um sinal de apoio ao grupo terrorista Hamas, em meio a guerra contra Israel na Faixa de Gaza. Tanto o Hamas quanto o Hezbollah, grupo radical islâmico que atua na Síria e no Líbano e que participa de escaramuças com Israel, também são apoiados pelo regime iraniano. O apoio de Teerã aos Houthis, Hamas e Hezbollah faz parte de um instrumento de política externa para que o Irã consiga os seus objetivos.
O ataque ocorreu em meio a uma escalada regional da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, que começou após os ataques terroristas do dia 7 de outubro. Na ocasião, 1 200 pessoas foram mortas e mais de 240 viraram reféns. O Irã apoia o Hamas militarmente e economicamente, assim como outros grupos como o Hezbollah no Líbano e os Houthis no Iêmen.
Teerã apontou que o "quartel-general de espionagem" da agência de inteligência israelense Mossad havia sido usado para planejar atos "terroristas" contra o Irã. Autoridades curdas negaram as alegações e Tel-Aviv não se pronunciou sobre o ocorrido.
Iraque repudia ataque
As forças iranianas "sempre usam desculpas infundadas para atacar Erbil", disse o Conselho de Segurança Regional Curdo em um comunicado, acrescentando que a capital regional do Curdistão iraquiano é uma "região estável e nunca foi uma ameaça para qualquer parte".
"Esta é uma violação flagrante da soberania da região do Curdistão e do Iraque, e o governo federal e a comunidade internacional não devem permanecer calados em relação a este crime", afirmou o conselho.
O governo do Iraque pediu o retorno de seu embaixador em Teerã para consultas e convocou o encarregado diplomático iraniano em Bagdá para esclarecimentos.
O vice-presidente do parlamento regional do Curdistão, Hemin Hawrami, identificou os mortos como sendo um empresário iraquiano e a sua família. Condenando o ataque, Masrour Barzani, primeiro-ministro do Curdistão, apontou nas redes sociais que trabalhará com aliados internacionais nos próximos dias "para impedir novos ataques brutais".
O ataque ocorreu em uma área nos arredores da cidade de Erbil, perto de um prédio do Consulado dos EUA que está em construção. Há um Consulado dos EUA dentro da cidade que está funcionando.
Escalada nos conflitos
O Irã prometeu vingança após a morte de um alto oficial da Guarda Revolucionária na Síria. Washington também atacou alvos em solo iraquiano visando grupos apoiados por Teerã. Os EUA e outros países ocidentais realizaram diversos ataques contra os Houthis no Iêmen, em retaliação a ofensiva do grupo iemenita contra navios no Mar Vermelho.
O ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, alertou os Estados Unidos e seus aliados na segunda-feira, 15, contra atacar o Iêmen. Também na terça-feira, o Corpo da Guarda Revolucionária disse ter lançado mísseis contra militantes do Estado Islâmico na Síria, informou a mídia estatal iraniana. Esse ataque ocorre depois que um ataque a bomba na cidade iraniana de Kerman, pelo qual o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade, matou 95 pessoas neste mês.
Desde meados de novembro, o grupo iemenita ataca embarcações que passam por estas rotas marítimas como um sinal de apoio ao grupo terrorista Hamas, em meio a guerra contra Israel na Faixa de Gaza. Tanto o Hamas quanto o Hezbollah, grupo radical islâmico que atua na Síria e no Líbano e que participa de escaramuças com Israel, também são apoiados pelo regime iraniano. O apoio de Teerã aos Houthis, Hamas e Hezbollah faz parte de um instrumento de política externa para que o Irã consiga os seus objetivos.
*Com agências internacionais
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