Soldado israelense passa por carro armado usado pelo Hamas durante ataque a Sderot Oren ZIV / AFP

Um assessor militar do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, elogiou, neste sábado (7), como "orgulhosa" a ofensiva  realizada pelo grupo islâmico palestino Hamas a partir da Faixa de Gaza contra Israel, de acordo com um veículo da imprensa local. "Nós apoiamos esta orgulhosa operação 'Dilúvio de Al-Aqsa' e estamos certos de que a frente de resistência também a apoia", declarou o general dos Guardiães da Revolução, Rahim Yahya Safavi, citado pela agência Isna. Em junho deste ano, líderes do movimento se encontraram com o presidente daquele país, Ebrahim Raisi.
O termo "frente de resistência" é usado no Irã para se referir aos movimentos palestinos, libaneses, sírios e outros grupos próximos ao Irã que se opõem a Israel.O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanani, também elogiou a ofensiva do Hamas em uma entrevista à Isna. Ele afirmou que "a resistência até agora alcançou vitórias espetaculares durante esta operação" e a descreveu como "um momento brilhante na história da luta" dos palestinos contra Israel. Kanani disse que esta ofensiva "abriu uma nova página na história da resistência e das operações armadas contra os ocupantes nas terras ocupadas".
O movimento libanês pró-iraniano Hezbollah, que possui um poderoso braço armado, parabenizou o Hamas por sua "operação heroica em grande escala".Durante uma sessão parlamentar no Irã, deputados entoaram gritos como "Abaixo Israel", "Abaixo Estados Unidos" e "Bem-vindos à Palestina", de acordo com um vídeo divulgado pela agência de notícias Tasnim.
Em Teerã, dezenas de pessoas se reuniram na praça Felestin (Palestina) com a bandeira palestina e fotos de Qasem Soleimani, ex-chefe da Força Quds, o braço internacional dos Guardiães da Revolução, que morreu em 2020 em um ataque dos Estados Unidos em Bagdá.
A República Islâmica do Irã não reconhece o Estado de Israel, e o apoio à causa palestina tem sido uma constante em sua política externa desde a sua criação, em 1979.Em junho, líderes dos movimentos Hamas e Jihad Islâmica tiveram conversas em Teerã com líderes iranianos, incluindo o presidente, Ebrahim Raisi.
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