Seis presos morreram em "distúrbios" ocorridos nesta sexta-feira, 6, em uma prisão na cidade portuária de Guayaquil, no sudoeste do Equador, que tem sido um dos cenários de massacres entre detentos que resultaram em mais de 430 mortes desde 2021, informaram autoridades.
"O evento ocorreu" no pavilhão de celas número 7 da prisão Guayas 1, "resultando em seis pessoas mortas", afirmou a entidade responsável pelas penitenciárias (Snai) em comunicado.
O Ministério Público indicou que seus agentes, juntamente com policiais e militares, "estão executando os protocolos de segurança na Penitenciária do Litoral de #Guayaquil (também Guayas 1), devido aos distúrbios ocorridos na tarde desta sexta-feira".
Através da rede social X, antigo Twitter, acrescentou que "nas próximas horas, pessoal militar especializado realizará as primeiras incursões e reconhecimento do Pavilhão 7, onde teriam ocorrido os incidentes, para retomar o controle da situação".
A Guayas 1 é uma das cinco prisões que fazem parte de um grande complexo penitenciário localizado em Guayaquil, onde detentos com vínculos com o tráfico de drogas travam confrontos pelo poder.
Homicídios quadruplicaram
O governo equatoriano afirma que gangues do narcotráfico travam uma guerra pelo negócio que tem aumentado a violência nos presídios nos últimos anos, resultando em mais de 430 presos mortos em confrontos desde fevereiro de 2021, dezenas deles desmembrados e queimados.
Nas ruas, os homicídios quadruplicaram entre 2018 e 2022, chegando ao recorde de 26 para cada 100.000 habitantes. Essa taxa no Equador, com 16,9 milhões de habitantes de acordo com o censo de 2022, pode chegar a 40 este ano, segundo especialistas.
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