Biden participa da transferência digna dos restos mortais de três militaresAFP
Os corpos de William Jerome Rivers, Kennedy Ladon Sanders e Breonna Alexondria Moffett, militares do estado da Geórgia (sul) que morreram em um ataque com drones perto da fronteira com a Síria, foram recebidos com honras militares na base de Dover (Delaware, nordeste).
Seguindo milimetricamente um ritual militar: os caixões saem um a um de um avião de transporte militar e são carregados em um veículo. O Exército também cuida da linguagem: é chamado de "traslado solene" em vez de cerimônia e fala de "caixas" ao invés de "caixões".
O "traslado solene" ocorreu na presença da primeira-dama, Jill Biden, e de funcionários do alto escalão, como o secretário de Defesa, Lloyd Austin.
Empatia
No mesmo local, Joe e Jill Biden assistiram à repatriação dos corpos dos militares americanos mortos em um atentado no aeroporto de Cabul, em 26 de agosto de 2021, durante a catastrófica retirada do Afeganistão.
O democrata, cuja vida foi marcada por tragédias pessoais, tem fama de ser muito empático com famílias em luto.
Ele chamou cada uma das famílias dos três militares mortos na Jordânia, entre outras coisas, para se assegurar de que aceitavam sua presença na cerimônia de repatriação.
O principal jornal da Geórgia, o Atlanta Journal-Constitution, divulgou um vídeo de uma dessas conversas.
Represálias
"Eu recebi um desses telefonemas", acrescentou Joe Biden, em referência ao que comunicou a morte em um acidente de carro de sua primeira esposa e sua filha, ainda bebê, em 1972.
Também falou do falecimento de seu filho mais velho, Beau, que morreu acometido por um câncer em 2015.
Esse momento não colocará fim à avalanche de críticas dos republicanos contra ele.
"Ele teve que esperar que as pessoas morressem para dizer 'ok, talvez precisemos fazer alguma coisa', você está brincando comigo?", atacou Nikki Haley, candidata à indicação presidencial republicana, na quinta-feira.
Seu rival, o ex-presidente Donald Trump, o grande favorito a ser nomeado candidato republicano, criticou a "fraqueza" de Biden.
As forças americanas no Oriente Médio sofreram diversos ataques desde o começo da guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza.
Biden, que disse em diversas ocasiões que não deseja uma escalada regional, nem um conflito aberto com o Irã, está sob pressão para responder Teerã com firmeza.
Até agora, limitou-se a dizer que decidiu como irá responder.
O governo americano revelou que as represálias serão múltiplas, contra diferentes alvos e escalonadas no tempo.
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