Macky Sall, presidente do SenegalAmanuel Sileshi / AFP
Em um discurso à Nação, Sall anunciou que revogou um decreto anterior que estabelecia a eleição presidencial para 25 de fevereiro, enquanto uma comissão parlamentar investiga dois juízes do Conselho Constitucional, cuja integridade no processo eleitoral foi questionada.
"Vou iniciar um diálogo nacional aberto, a fim de criar as condições para eleições livres, transparentes e inclusivas", disse Sall em seu discurso, sem informar uma data específica O anúncio foi feito horas antes do início da campanha eleitoral. Há 20 candidatos na disputa. O líder opositor Khalifa Sall convocou os senegaleses a "se levantarem" contra o adiamento das eleições.Adresse à la Nation du 3 février 2024. #MessageSn2024 pic.twitter.com/rpxkZUTuu2
— Macky Sall (@Macky_Sall) February 3, 2024
A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) manifestou sua "preocupação com as circunstâncias que levaram ao adiamento das eleições" e pediu diálogo e um processo rápido para definir uma nova data para as eleições.
O Conselho Constitucional, órgão que finaliza a lista de candidatos e anuncia o vencedor, excluiu das eleições dezenas de aspirantes, incluindo dois líderes da oposição: o candidato antissistema Ousmane Sonko e Karim Wade, ministro e filho do ex-presidente Abdoulaye Wade (2000-2012).Senegal has a strong tradition of democracy and peaceful transitions of power. We acknowledge allegations of irregularities, but we are deeply concerned about the disruption to the Presidential electoral calendar.
— Bureau of African Affairs (@AsstSecStateAF) February 3, 2024
É a primeira vez desde 1963 que uma eleição presidencial é adiada no país. Em novembro de 2023, o presidente Sall marcou as eleições para 25 de fevereiro. Prometeu, em diferentes ocasiões, entregar o poder ao presidente eleito no início de abril.
Eleito em 2012 para um mandato de sete anos e reeleito em 2019, para um de cinco, Sall anunciou em julho de 2023 que não se apresentaria como candidato. Em setembro, expressou apoio à candidatura do primeiro-ministro, Amadou Ba, do partido governista.
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