Tribunal da UE rejeita ação de TikTok sobre lei de mercados digitaisReprodução
Tribunal da UE rejeita ação de TikTok sobre lei de mercados digitais
Lei dos Mercados Digitais (DMA na sigla em inglês) passará a regular as operações desta plataformas a partir de março
O presidente do Tribunal Geral da UE (TGUE) rejeitou, nesta sexta-feira (9), uma ação judicial do gigante Bytedance (TiKTok), que pedia a suspensão de sua designação como "gatekeeper" devido à nova legislação europeia sobre plataformas digitais.
A Lei dos Mercados Digitais (DMA na sigla em inglês), que a partir de março passará a regular as operações desta plataformas, reserva um bloco de regras mais rígidas para as maiores empresas, que chama de "gatekeepers" (ou "guardiães do acesso", em tradução livre).
Em novembro, a gigante chinesa apresentou um recurso judicial à Justiça europeia questionando esta designação. No mês seguinte, formalizou outro pedido de suspensão do cumprimento da DMA enquanto o seu caso está sendo processado.
Em um comunicado, o presidente do TGUE afirmou que "a Bytedance não demonstrou a urgência necessária para uma medida provisória com o objetivo de evitar danos graves e irreparáveis" e negou a demanda original.
A empresa alegou que a classificação poderia representar um risco de divulgação de informações altamente estratégicas sobre práticas de criação de perfis de usuários.
Segundo este tribunal europeu, a Bytedance "não demonstrou que exista um risco real de divulgação de informação confidencial, ou que tal risco represente danos graves e irreparáveis".
"Embora estejamos desapontados com esta decisão, esperamos que o cerne da questão seja tratado de forma acelerada. Estivemos nos preparando para cumprir com as normas em 6 de março e continuaremos nos preparando", disse um porta-voz do TikTok contatado pela AFP.
A Lei dos Mercados Digitais também considera a Alphabet (empresa que controla o Google), Amazon, Apple, Meta (Facebook e WhatsApp) e Microsoft como "gatekeepers". De todas elas, a Bytedance é a única empresa que não é americana.
A Meta também recorreu à Justiça para tentar contestar esta designação de seu sistema de mensagens Messenger.
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