Sergei Lavrov, ministro das relações exteriores da Rússia, ao lado do presidente venezuelano, Nicolás MaduroGabriela Oraa/AFP
Venezuela e Rússia ampliam cooperação petroleira e citam uso de energia nuclear
Relação Caracas-Moscou estreitou-se com o governo Hugo Chávez (1999-2013)
Rússia e Venezuela concordaram, nesta terça-feira (20), em expandir sua cooperação petroleira e mencionaram "o uso pacífico da energia nuclear", durante visita a Caracas do chanceler Sergei Lavrov.
O ministro russo, que chegou na noite de ontem à Venezuela, procedente de Cuba, reuniu-se com a vice-presidente Delcy Rodríguez e com o colega Yván Gil, com quem discutiu "a ampliação da cooperação na produção de petróleo, no desenvolvimento de jazidas de gás, na agricultura, medicina e na área farmacêutica", informou em entrevista coletiva, segundo a tradução oficial.
"Também consideramos promissora a área do uso pacífico da energia nuclear, concordamos em aumentar a cooperação em todos esses âmbitos", indicou o funcionário russo, sem divulgar detalhes.
Foi "um encontro repleto de solidariedade e cooperação, durante o qual conversamos sobre a agenda para o desenvolvimento de áreas como: ciência, tecnologia, economia e energia", indicou Maduro em uma mensagem na rede social X.
"Somos povos irmãos trabalhando unidos pela prosperidade da Rússia e da Venezuela!", acrescentou.
Lavrov visitou a Venezuela em abril de 2023, quando convidou o governo do presidente Nicolás Maduro a "unir forças" para enfrentar as sanções dos Estados Unidos.
A relação Caracas-Moscou estreitou-se durante o governo do presidente Hugo Chávez (1999-2013). Os dois países assinaram 430 acordos que incluem as áreas de mineração, gás, petróleo e turismo, que permitiram a chegada de milhares de russos ao país caribenho.
Parte do alcance dessa "cooperação de alto nível" incluiu a compra de armas e equipamento militar russos concretizada pela Venezuela por centenas de milhões de dólares até ao fim da bonança econômica, em 2014.
Após visitar a Venezuela, Lavrov segue para o Brasil, onde participará do encontro de chanceleres do G20.
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