Jaime Barrera, jornalista mexicanos de 56 anosReprodução

O jornalista mexicano Jaime Barrera, que estava desaparecido desde segunda-feira e que era considerado vítima de um sequestro, foi encontrado são e salvo, informou o Ministério Público do estado de Jalisco (oeste) nesta quarta-feira (13). O próprio comunicador disse que o que aconteceu foi um sinal de alerta dos criminosos para ele.

"O Ministério Público do Estado informa que o comunicador Jaime Barrera foi encontrado em bom estado de saúde", afirmou o órgão em sua conta na rede social X, onde acrescentou que continua com as investigações para elucidar o caso e "capturar os possíveis responsáveis".

Barrera, um renomado apresentador de rádio e televisão de 56 anos, natural do estado de Jalisco, foi sequestrado por criminosos na tarde de segunda-feira (11), ao sair do prédio da emissora onde trabalha na cidade de Guadalajara, confirmou o próprio jornalista em declarações após sua libertação.

"Foi uma longa odisseia, terrível, mas felizmente terminou bem", disse ele, adicionando que o caso não foi um sequestro, uma vez que não houve pedido de "resgate".

"Foi uma espécie de alerta, pelo que escrevo, pelo que digo, suponho que venha daí", acrescentou o comunicador ao veículo local Grupo Fórmula.
Jaime Barrera ao lado de militares e família após o resgate - Reprodução
Jaime Barrera ao lado de militares e família após o resgateReprodução


De acordo com a denúncia dos familiares, o jornalista não havia recebido ameaças ou reportado qualquer problema relacionado ao seu trabalho. Itzul Barrera, filha de Jaime e dirigente local do Morena, partido do presidente Andrés Manuel López Obrador, tampouco denunciou intimidação por sua atividade política, informou o MP.

Jaime Barrera é apresentador de um programa de notícias de um canal local da Televisa e comentarista de um programa de opinião política do Canal 44 da Universidade de Guadalajara. Também é colunista do jornal El Informador.

Desde 2000, pelo menos 150 jornalistas foram mortos no México e 31 estão desaparecidos, de acordo com a ONG Repórteres Sem Fronteiras, que considera o país o segundo mais perigoso para o exercício da profissão.