Líderes votam durante reunião do Conselho de Segurança da ONUAFP
A resolução, adotada entre aplausos por 14 votos a favor e uma abstenção "exige um cessar-fogo imediato para o mês do Ramadã" que conduza a uma trégua duradoura e "a libertação imediata e incondicional de todos os reféns".
"Há cinco meses o povo palestino sofre terrivelmente. Esse banho de sangue se prolongou por muito tempo. Temos a obrigação de terminá-lo. Finalmente o Conselho de Segurança assume as suas responsabilidades", disse o embaixador da Argélia, Amar Bendjama.
A China, membro permanente do Conselho, anunciou nesta segunda-feira o seu apoio ao novo projeto.
"Esperamos que o Conselho de Segurança o aprove o mais rápido possível e envie um sinal forte para o fim das hostilidades", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, parabenizando "a Argélia e outros países árabes pelo seu trabalho".
Rússia e China vetaram na sexta-feira um projeto de resolução proposto pelos Estados Unidos, que salientava a "necessidade" de um "cessar-fogo imediato" em Gaza.
A proposta americana vinculava este cessar-fogo à libertação dos reféns capturados pelo Hamas no seu ataque a Israel em 7 de outubro, que desencadeou o atual conflito.
O texto americano não apelava explicitamente a um cessar-fogo imediato e utilizava termos ambíguos, segundo os países árabes, a China e a Rússia.
A resolução aprovada hoje é fruto do trabalho dos membros não permanentes do Conselho, que negociaram ao longo do fim de semana com os Estados Unidos para tentar evitar um novo fracasso, segundo fontes diplomáticas, que manifestaram um certo otimismo quanto ao resultado da votação.
Cerca de 250 pessoas foram sequestradas e 132 permanecem cativas em Gaza, segundo as autoridades israelenses. Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas, no poder desde 2007 em Gaza, e lançou uma ofensiva aérea e terrestre contra este território estreito e sitiado.
Os bombardeios israelenses acontecem diariamente, mesmo durante o mês sagrado dos muçulmanos, o Ramadã. A maioria das vítimas são mulheres e menores, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, classificado como "organização terrorista" por Israel, Estados Unidos e União Europeia. O conflito também aumentou as tensões entre Israel e os Territórios Palestinos.
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