Ilha do Chipre fica no Mar MediterrâneoReprodução
Chipre investiga fraude cometida por monges ortodoxos
Figuras religiosas teriam embolsado mais de R$ 4 milhões
A polícia do Chipre está investigando uma suposta fraude cometida por dois monges, um caso que abalou a influente Igreja Ortodoxa. O crime teria acontecido no mosteiro de Osiou Avakoum, localizado ao pé das montanhas Troodos, no centro da ilha.
Segundo a imprensa local, durante uma operação ordenada este mês pelo bispo Isaías de Tamasos, que tem autoridade direta sobre o mosteiro, foram encontrados 800.000 euros em espécie (864.000 dólares ou R$ 4,33 milhões).
A imprensa divulgou imagens das câmeras de segurança que mostram os dois monges, atualmente suspensos, colocando mirra (uma espécie de árvore espinhosa) dentro de uma cruz de metal para dar a impressão de que a peça estava sangrando e enganar os fiéis, que receberam pedidos de doações.
Os dois religiosos apareciam com frequência na televisão e tinham forte presença nas redes sociais, onde afirmavam ter participado de vários "milagres", como a cura de um câncer ou fazer com que um bebê voltasse a ouvir.
Segundo a imprensa, as autoridades também têm imagens de relações sexuais entre os dois monges.
A polícia cipriota está investigando "crimes de natureza financeira cometidos pelos monges de Osiou Avvakoum", disse o porta-voz da polícia, Christos Andreou, à imprensa local, mas até o momento nenhuma acusação foi apresentada.
A Igreja Ortodoxa Grega do Chipre, que afirmou estar realizando a própria investigação, tem uma grande influência na vida social e política da ilha.
Também tem um papel econômico importante, como proprietária de grandes faixas de território e participações significativas em empresas cipriotas, em particular no setor bancário.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.