Lee deu vida ao Super-Homem, Batman e Mulher-MaravilhaJulien de Rosa / AFP
De origem coreana, o artista de quadrinhos atingiu o estrelato já no começo de sua trajetória ao trabalhar em "X-Men", da Marvel, nos anos 1980. Quando foi contratado pela DC, ajudou a reviver os icônicos personagens até, eventualmente, assumir o cargo de chefia.
Ele falou à AFP sobre suas inspirações, o risco da "fadiga de super-herói" e como atuou como uma espécie de "instrumento de IA" durante o início de sua carreira.
O mundo de hoje tem lugar para a moral mais simples dos heróis nas histórias em preto e branco?
Você se preocupa com uma "fadiga de super-herói"?
Poderia acontecer com histórias que não são percebidas como especiais e únicas... Este ano será muito interessante, devido as abordagens mais divergentes com super-heróis em "Deadpool" ou "Coringa".
Você tem que se reinventar continuamente. Mas, como fã, diria que temos sido mimados durante muitos anos, não apenas com filmes sobre os personagens mais icônicos, mas muito mais fundo no catálogo... Tem coisa que eu teria matado (para assistir) quando era criança.
A IA é uma ameaça para a indústria dos quadrinhos?
Mas mesmo que fosse aceito e alguém me pagasse para usar um instrumento de IA, simplesmente não o faria. Eu não crio arte para ter algo a ser pago.
Eu adoro sentar com uma folha de papel e um lápis... Entro nesse estado de sonho, horas passam e parece que passaram 15 minutos, e no final, tenho essa incrível sensação de satisfação porque embarquei nesta jornada e criei algo.
Escrever algo em uma tela e obter algo dois minutos depois? Isso seria como roubar minha motivação pela qual entrei nesta indústria.
O que te inspirou no começo?
Eu tentei pegar elementos diferentes de diferentes artistas e tentei sintetizá-los em algo que pudesse chamar de meu.
Os quadrinhos têm muita violência?
Mas acho que quando se chega a esse ponto, em muitas histórias, essa é a única maneira de resolver e talvez isso seja um reflexo triste do estado do mundo hoje em dia.
Tem que haver uma emoção mais profunda e conceitos mais profundos no trabalho, e essas são as histórias que têm mais impacto e se tornam as mais vendidos.
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