Xi Jinping, presidente da República Popular da ChinaAFP

A China considerou nesta quinta-feira (11) que foi "difamada e atacada" durante a reunião de cúpula EUA-Japão em Washington, nesta quarta-feira (10), na qual o presidente americano, Joe Biden, e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, reforçaram os laços bilaterais.
"Estados Unidos e Japão difamaram e atacaram a China sobre Taiwan e questões marítimas, interferiram de maneira grosseira nos assuntos internos da China e violaram gravemente as normas básicas que regem as relações internacionais", afirmou a porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Mao Ning, em uma entrevista coletiva.
Estados Unidos e Japão decidiram na quarta-feira reforçar consideravelmente seus vínculos na área de defesa, que são próximos desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em um momento de crescentes tensões na região Ásia-Pacífico.
Os Exércitos dos Estados Unidos e Japão trabalharão em conjunto para alcançar uma maior "interoperabilidade". Washington se comprometeu a apoiar alguns projetos militares japoneses, tanto em termos de equipamento como de tecnologia.
Joe Biden insiste que a colaboração militar é "puramente defensiva". O presidente americano, no entanto, está criando uma rede de alianças na Ásia para contra-atacar o crescente poder militar da China e suas reivindicações marítimas e de Taiwan.
Nesta quinta-feira, a China denunciou algumas partes da declaração conjunta entre Biden e Kishida, que critica indiretamente Pequim sobre a questão de Taiwan e as ilhas disputadas com Tóquio no Mar da China Oriental.
"A China está muito descontente e opõe-se de modo veemente (aos comentários) e protestou de maneira solene com as partes envolvidas", disse Mao Ning.
"As relações entre Estados Unidos e Japão não devem visar outros países nem prejudicar seus interesses, nem colocar em perigo a paz e a estabilidade regionais", acrescentou.