Influenciadora foi condenada por inventar história para viralizar nas redes Reprodução
Influenciadora chinesa pode ser presa por inventar história para viralizar nas redes
Perfis com mais de 30 milhões de seguidores somados foram derrubados
Uma influenciadora chinesa com mais de 30 milhões de seguidores combinados em diversas plataformas, incluindo o "TikTok chinês" Douyin, teve seus perfis derrubados e pode ser presa por inventar uma história viral. Segundo autoridades policiais chinesas, Thurman Maoyibei, cujo sobrenome é Xu, sustentou uma história fictícia em suas redes sociais através de vídeos postados entre os dias 16 e 23 de fevereiro com o objetivo de ganhar seguidores.
A influenciadora dizia ter recebido de um café em Paris, onde ela viajava durante o Ano Novo Lunar, dois livros de lição de casa perdidos, pertencentes a um estudante da primeira série chamado Qin Lang. Xu, então, prometeu entregar os livros de volta ao garoto, na China. Contudo, o vídeo viralizou e pessoas no país inteiro passaram a participar da busca. Jornais chegaram a entrar em contato com escolas na tentativa de encontrar o menino.
Uma semana após a publicação do vídeo viral, a influenciadora fez uma nova publicação, dizendo ter entrado em contato com os pais do garoto e entregado a ele o caderno. Alegando questões de privacidade, ela não divulgou os nomes dos pais e nem da escola, dizendo apenas que a missão havia sido concluída. A imprensa e o público, contudo, começaram a desconfiar de que se tratava de uma história fabricada.
A polícia de Hangzhou iniciou uma investigação após reclamações e concluiu que Xu e uma amiga compraram os livros e inventaram a história para produzir o vídeo, na intenção de torná-lo viral.
Na sexta-feira, 12, o Ministério da Segurança Pública da China, que lançou em dezembro de 2023 uma campanha para combater desinformação online, destacou o caso como um exemplo do combate a rumores nas redes. Desde então, mais de 10 mil pessoas já receberam penalidades administrativas e, dentre estas, 1.500 foram presas.
Xu fez uma declaração pública de desculpas e admitiu sua falta inicial de "consciência jurídica", expressando remorso pela atenção generalizada que ela causou. "Eu deveria saber claramente minhas responsabilidades sociais e não criar algum conteúdo apenas para chamar a atenção", disse ela.
Suas contas nas redes sociais foram suspensas. De acordo com autoridades policiais, ela e a companhia que administra suas contas enfrentam penalidades administrativas, que podem variar de multas a detenção.
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