O repórter publicava conteúdo políticoReprodução / Internet

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AFP
Jornalistas mexicanos protestaram, neste sábado (27), pelo assassinato do repórter Roberto Carlos Figueroa Bustos, cujo corpo foi encontrado na sexta-feira no estado de Morelos (centro).
"Condenamos energicamente o terrível crime do nosso companheiro (...) Seu crime representa mais uma mostra da terrível violência que vive Morelos, entidade na qual ninguém está seguro", afirmaram os comunicadores que protestaram em Cuernavaca, capital deste estado ao sul da Cidade do México.
"O sequestro e posterior assassinato" de Figueroa, "representa um duro golpe para a liberdade de expressão", acrescentaram.
O repórter, diretor do veículo digital Acá en El Show, que tem cerca de 10.000 seguidores no Facebook, publicava conteúdo político.
Seu corpo foi encontrado em seu automóvel no povoado de Coajomulco, em Morelos, junto com o de outro homem, segundo veículos de comunicação locais.
O comunicador "foi privado de sua liberdade e seus familiares receberam um telefonema exigido um resgate. Apesar do mesmo ter sido pago, foi encontrado sem vida", denunciou a organização de defesa da imprensa Artículo 19 na rede social X.
A organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) disse à AFP que averígua mais detalhes sobre o crime.
A RSF pediu aos candidatos à eleição presidencial do próximo 2 de junho que se comprometam a tomar medidas para a proteção de jornalistas, caso sejam eleitos.
Ao menos 37 comunicadores foram assassinados nos cinco anos e meio do mandato na Presidência de Andrés Manuel López Obrador, que em 1º de outubro deixará o cargo, segundo a RSF.
Desde 1995, ao menos 156 jornalistas foram assassinados por investigar temas relacionados com o crime organizado, a insegurança ou o narcotráfico, segundo um balanço da RSF, o que torna o México um dos países mais perigosos para o exercício da imprensa.