Cotações do petróleo fecharam em leve baixa, quase estáveis, refletindo uma atitude prudente dos investidoresAFP
Petróleo fecha sem grandes mudanças por incerteza geopolítica
'Se Israel invadir Rafah, a pergunta que fica é: que reação isso vai provocar?', considerou Flynn, do Price Futures Group
As cotações do petróleo fecharam em leve baixa nesta terça-feira (7), mas perto da estabilidade, refletindo uma atitude prudente dos investidores por um contexto geopolítico incerto.
O preço do barril Brent do Mar do Norte, negociado em Londres com vencimento em julho, caiu 0,20%, a 83,16 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), negociado no mercado americano com vencimento em junho, recuou 0,12%, para 78,38 dólares.
Na véspera, as cotações do petróleo fecharam em leve alta, apesar da notícia de que o movimento islamista palestino Hamas havia aprovado a proposta de trégua na guerra com Israel em Gaza, apresentada pelos mediadores Egito, Catar e Estados Unidos.
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por outro lado, assinalou que o plano estava "longe das exigências israelenses".
"Reina a confusão", comentou Susannah Streeter, analista da Hargreaves Lansdown, sobre a situação no Oriente Médio.
Nesta terça, o Exército israelense posicionou tanques em Rafah e afirmou estar realizando uma operação "antiterrorista" a leste dessa cidade do sul da Faixa de Gaza.
Para Carsten Fritsch, do Commerzbank, "a eliminação do prêmio de risco geopolítico", que levou os preços ao nível mais baixo em quase dois meses, "foi prematura".
"Se Israel invadir Rafah, a pergunta que fica é: que reação isso vai provocar?", considerou Phil Flynn, do Price Futures Group. "O Irã vai atacar? O Hezbollah vai atacar? A guerra vai se expandir? Não sabemos", acrescentou.
Para o especialista, os operadores estavam mais atentos às declarações do vice-primeiro-ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, que assinalou que ainda não havia nenhuma decisão sobre a possível renovação dos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados da Opep+.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.