Bandeira da ONU na sede, em Nova YorkAFP

A Liga Árabe, reunida nesta quinta-feira (16) no Bahrein, pediu o envio de uma força de manutenção da paz das Nações Unidas para os territórios palestinos ocupados por Israel e um cessar-fogo “imediato” em Gaza.
Em uma declaração final emitida no final da cúpula realizada na capital Manama, a organização cobrou o estabelecimento de “forças internacionais de manutenção da paz e de proteção da ONU nos territórios palestinos ocupados” até que seja implementada uma solução de dois Estados ao conflito entre Israel e Palestina.
A Liga Árabe também exigiu “um cessar-fogo imediato e permanente em Gaza, a suspensão das tentativas de deslocamento forçado, o fim de todas as formas de cerco e o acesso total e sustentado à ajuda”, após mais de sete meses da guerra devastadora entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas.
Os líderes do grupo encorajaram os palestinos a se unirem "sob a bandeira da Organização para a Libertação da Palestina (OLP)", descrita como o "único representante legítimo do povo palestino".
A cúpula também endossou os apelos do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, apoiados pelo rei do Bahrein, Hamad bin Isa Al Khalifa, para uma "conferência internacional de paz no Oriente Médio".
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou repetidamente a criação de um Estado palestino, que tanto o governo americano quanto os membros da União Europeia consideram como a única solução a longo prazo para encerrar o conflito.
Além disso, os participantes da reunião condenaram os ataques dos rebeldes huthis do Iêmen contra navios mercantes no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, reafirmando o seu compromisso com o “direito de navegação” nos mares da região.
Durante a cúpula da Liga Árabe, Mahmoud Abbas acusou o Hamas de ter "dado pretextos" a Israel para atacar a Faixa de Gaza com o atentado de 7 de outubro.
O movimento islamista palestino desaprovou as declarações de Abbas, que exerce autoridade limitada na Cisjordânia ocupada, e em outra declaração fez um apelo aos países árabes "irmãos" para "tomarem as medidas necessárias" para forçar Israel a "parar sua agressão" em Gaza.