Espen Barth Eid, ministro das Relações Exteriores da Noruega Reprodução / Redes Sociais

A Noruega, um dos três países europeus que reconhece formalmente nesta terça-feira (28) a Palestina como Estado, afirmou que é um "dia especial" na relação bilateral com as autoridades palestinas.
"Há mais de 30 anos, a Noruega tem sido um dos mais fervorosos defensores de um Estado palestino", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Espen Barth Eide, em um comunicado.
"O dia em que a Noruega reconhece oficialmente a Palestina como um Estado é um dia especial para as relações entre Noruega e Palestina", acrescentou.
No âmbito de uma iniciativa coordenada com a Espanha e Irlanda, o país nórdico anunciou na última quarta-feira que reconheceria o Estado palestino a partir desta terça. Uma decisão que gerou indignação em Israel, que vê a medida como uma "recompensa" para o movimento islamista palestino Hamas, contra o qual trava uma guerra na Faixa de Gaza desde outubro.
O chanceler israelense, Israel Katz, convocou para consultas os embaixadores nesses três países europeus e também convocou os representantes deles em Israel para uma reprimenda no ministério das Relações Exteriores.
"É lamentável que o governo israelense não dê nenhuma mostra de compromisso construtivo", considerou Barth Eide nesta terça-feira, instando a comunidade internacional a redobrar esforços para apoiar a solução de dois Estados".
"Confio que o governo palestino continuará o difícil trabalho de reforma e assentará as bases da governança, tanto na Cisjordânia como em Gaza, após um cessar-fogo", declarou o chanceler norueguês.
No início dos anos 1990, a Noruega sediou, secretamente, os primeiros diálogos de paz israelense-palestino que levaram aos Acordos de Oslo, que estabeleceram as bases de uma solução pacífica do conflito entre os dois lados.