Bandeira da FrançaAFP

O presidente francês, Emmanuel Macron, discutirá nesta quarta-feira (5), em Paris, juntamente com seu homólogo ucraniano, Volodimir Zelensky, as "necessidades da Ucrânia" na guerra contra a Rússia, anunciou a Presidência francesa.
"À medida que os ataques russos na linha de frente e contra as infraestruturas energéticas se intensificam, ambos os presidentes discutirão a situação no campo de batalha e as necessidades da Ucrânia", disse ele.
O encontro, realizado um dia depois de ambos participarem das cerimônias por ocasião do 80º aniversário do Desembarque na Normandia, acontece na sequência da conferência de apoio à Ucrânia realizada no dia 26 de fevereiro, em Paris, acrescentou.
Macron anunciou, então, medidas para fornecer mais armas a Kiev e não descartou o envio de soldados para a Ucrânia, o que gerou polêmica entre seus aliados e provocou a ira da Rússia.
O chefe de Estado francês prometeu novos anúncios por ocasião da visita de seu homólogo ucraniano a Paris, no momento em que ambos os países discutem o envio de instrutores militares franceses para a Ucrânia.
O ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu, receberá Zelensky com honras militares na manhã desta quarta-feira em Paris. Os dois vão visitar uma fábrica de armas da franco-alemã KNDS em Versalhes, nos arredores de Paris.
A KNDS, uma das principais empresas europeias de armamento terrestre, produz veículos de combate, sistemas de artilharia e canhões Caesar que a França fornece a Kiev e prevê se instalar na Ucrânia.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, e o presidente francês anunciaram uma iniciativa para produzir localmente na Ucrânia peças de reposição, munições e, mais adiante, equipamento militar completo.
O mandatário ucraniano também fará um discurso na manhã de quarta-feira, antes da sessão plenária da Assembleia Nacional francesa (Câmara baixa), anunciou a instituição.
Um dia depois, Macron receberá em Paris o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com quem "discutirá o apoio inabalável e de longo prazo que deve ser dado à Ucrânia", anunciou a Presidência francesa no fim de maio.