Nuvem de fumaça surge após o bombardeio israelense, no centro da Faixa de GazaAFP

O diretor da CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) e um conselheiro especial da Casa Branca devem chegar nesta quarta-feira, 5, ao Oriente Médio para tentar obter apoio à mais recente proposta de trégua entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.
Uma fonte do governo do Catar disse que o diretor da CIA, William Burns, era aguardado em Doha para "continuar trabalhando com os mediadores e concluir um acordo" de cessar-fogo. Catar, Estados Unidos e Egito atuam como mediadores nas negociações indiretas entre Israel e Hamas.
Segundo o portal norte-americano de notícias Axios, o conselheiro especial do presidente Joe Biden para o Oriente Médio, Brett McGurk, desembarcará nesta quarta-feira no Cairo para tentar avançar com a proposta de acordo.
O plano apresentado por Biden — que afirmou que a iniciativa foi apresentada por Israel — prevê um cessar-fogo de seis semanas e uma retirada israelense das zonas mais populosas de Gaza, a libertação de alguns reféns, em particular mulheres e pessoas com doenças, e de prisioneiros palestinos detidos por Israel.
A proposta visa estabelecer um cessar-fogo "permanente" em uma fase posterior, desde que o Hamas "respeite os compromissos", segundo Biden.
O presidente francês, Emmanuel Macron, fez um apelo na terça-feira para que o Hamas aceite a proposta de Biden. O Catar anunciou que aguarda uma "posição clara" de Israel, que pareceu estabelecer uma distância do plano.
O gabinete de guerra de Israel se reuniu na terça-feira à noite para discutir os últimos acontecimentos na guerra em Gaza, pouco depois do anúncio do apoio dos dois partidos ultraortodoxos do governo de Benjamin Netanyahu à proposta revelada por Biden.