Fundador do Wikileaks, Julian AssangeDaniel Leal-Olivas/AFP
Revelações e ordem de detenção
Em 18 de novembro, a Suécia emite uma ordem de detenção europeia contra Assange como parte de uma investigação por estupro e agressão sexual a duas mulheres suecas em agosto de 2010. O australiano afirma que foram relações consensuais.
Assange, que estava em Londres, se entrega à polícia britânica em 7 de dezembro. Ele fica detido por nove dias e depois sob prisão domiciliar.
Em fevereiro de 2011, um tribunal de Londres valida o pedido de extradição para a Suécia. O australiano teme ser entregue de lá para os Estados Unidos e enfrentar a pena de morte.
Refugiado na embaixada do Equador
Assange ficará confinado na embaixada por quase sete anos, período durante o qual obteve a nacionalidade equatoriana antes de ser privado da mesma.
Em 2 de abril de 2019, o presidente equatoriano Lenín Moreno, que rompeu com seu antecessor, afirma que Assange violou o acordo sobre suas condições de asilo. No dia 11, Assange é detido na embaixada pela polícia britânica.
Reabertura da investigação por estupro
Em 1º de maio, Assange é condenado a 50 semanas de prisão por um tribunal de Londres por violar as condições de sua liberdade provisória. Em 13 de maio, a Promotoria de Estocolmo anuncia a reabertura da investigação por estupro.
Nova acusação dos EUA
No dia 31, o relator da ONU sobre tortura, após se reunir com o australiano na prisão, considera que ele apresenta "todos os sintomas de tortura psicológica". No início de novembro, o relator afirma que o tratamento a Assange coloca "em risco" sua vida.
Em 21 de outubro, o fundador do WikiLeaks aparece em pessoa pela primeira vez no tribunal de Westminster, confuso e balbuciando.
Suécia abandona a acusação
Audiência de extradição em Londres
Em 4 de janeiro de 2021, a juíza Vanessa Baraitser rejeita o pedido, considerando que as condições de prisão nos EUA poderiam levar ao risco de suicídio. A justiça britânica decide mantê-lo em detenção.
Anulação em apelação da rejeição da extradição
Mas o advogado de Assange insiste que ainda existe "grande risco de suicídio". Em 10 de dezembro, o Tribunal Superior de Londres anula em apelação a recusa da extradição, considerando que os EUA deram garantias sobre o tratamento que seria dado ao fundador do WikiLeaks e a defesa de Assange apresenta um recurso.
Recurso contra a extradição
Em 17 de junho, a ministra do Interior britânica, Priti Patel, assina o decreto de extradição, que Assange apelou. Em 20 e 21 de fevereiro de 2024, ocorreu o julgamento em Londres para examinar o recurso do fundador do WikiLeaks contra sua extradição.
Acordo com a justiça dos EUA
Assange deixa imediatamente o Reino Unido e deverá comparecer perante um tribunal federal das Ilhas Marianas do Norte, território dos EUA no Pacífico, acusado de "conspiração para obter e revelar informações relativas à defesa nacional".
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