As estradas ao redor de Centralia racharam com o calor do fogo subterrâneoReprodução
O incêndio em Centralia começou em maio de 1962, quando o lixão da cidade, localizado em uma antiga mina de carvão a céu aberto, foi incendiado intencionalmente para reduzir o volume de detritos. O fogo, no entanto, encontrou um caminho para a rede de túneis de carvão abandonados abaixo da cidade. O carvão, altamente inflamável, serviu como combustível ideal alimentar o incêndio subterrâneo, que rapidamente se espalhou de maneira incontrolável. De acordo com os especialistas, o incêndio pode perdurar pelos próximos 250 anos já que há ainda muito carvão no subsolo da cidade.
Nos anos que se seguiram, várias tentativas foram feitas para extinguir o incêndio. Técnicas como injeção de água e escavação de trincheiras foram usadas, mas nenhuma delas teve sucesso. Os esforços foram finalmente abandonados na década de 1980, quando ficou claro que o incêndio era inextinguível e as condições de vida em Centralia tornaram-se insustentáveis.
Conforme o incêndio continuava a se alastrar, a terra começou a ceder, criando rachaduras no solo e liberando gases tóxicos, incluindo monóxido de carbono. A temperatura do solo subiu drasticamente, e em algumas áreas, o calor era tão intenso que as plantas não podiam crescer.
Centralia serve como um lembrete sombrio das consequências de um desastre industrial mal gerenciado. A cidade ainda está envolta em fumaça e vapor que emanam do solo, e as estradas rachadas e vazias, juntamente com as fundações das casas abandonadas, criam um cenário apocalíptico. Apenas alguns residentes continuam a viver na área, recusando-se a abandonar o que resta de suas vidas e memórias na cidade.
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