Ilha Pingtan, ponto mais próximo da China da ilha principal de TaiwanAFP

O Ministério da Defesa de Taiwan disse nesta quinta-feira, 11, que seus sistemas detectaram 66 aviões militares chineses ao redor da ilha em uma janela de 24h, um recorde no ano.
Pequim afirma que a ilha de governo democrático é parte de seu território e garante que nunca renunciará ao uso da força para tomar seu controle.
O recorde acontece um dia depois que as autoridades de Taiwan e do Japão relataram supostos exercícios militares chineses em águas próximas.
Segundo o comunicado do Ministério da Defesa de Taiwan, 66 aviões e sete navios militares chineses foram detectados ao redor de seu território em 24 horas até a manhã desta quinta-feira.
No total, 56 aviões chineses atravessaram a linha mediana, um estreito de 180 quilômetros que separa a ilha de Taiwan da China.
O recorde anterior neste ano datava de maio, quando Pequim enviou 62 aviões e 27 barcos durante manobras militares após a posse do novo presidente taiwanês, Lai Ching-te, considerado pela China como "um perigoso separatista".
Para o analista militar Su Tzu-yun, a nova demonstração de força da China é uma reação aos recentes acontecimentos políticos, incluindo a reunião do novo embaixador de fato dos Estados Unidos em Taiwan com Lai, que expressou apoio a Taipé durante um encontro na quarta-feira.
"Pequim pressiona Taiwan para expressar seu descontentamento com o apoio de que goza", declarou Su, do Instituto de Pesquisa sobre Defesa e Segurança Nacional de Taiwan.
O porta-voz da diplomacia chinesa, Lin Jian, reiterou nesta quinta-feira que "Taiwan é uma parte inalienável do território da China".
"A determinação e a resolução do povo chinês de salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial são inabaláveis", afirmou.