As eleições presidenciais dos Estados Unidos acontecem em 5 de novembroAFP
Exatamente uma semana depois de escapar de uma tentativa de assassinato a tiros durante um comício na Pensilvânia, Trump realizará um ato político em Grand Rapids, Michigan. Acompanhado de J.D. Vance, senador de 39 anos que escolheu para seu companheiro de chapa, o candidato republicano aparecerá perante o público às 17h locais (18h de Brasília) neste estado, onde venceu em 2016 e perdeu nas presidenciais de 2020.
Todos os olhares estarão voltados para o dispositivo de segurança, em meio a várias interrogações sobre as falhas do último ato. No local, Sherri Bonoite, de 75 anos, participava de seu primeiro ato eleitoral como partidária de Trump. "Até mesmo um tiro a toda velocidade não consegue detê-lo. É o que o país precisa", opinou.
A outra face da moeda
Segundo o jornal The Washington Post, ele perdeu até mesmo o apoio de Barack Obama, que também acredita que Biden deveria "considerar seriamente a viabilidade da sua candidatura", segundo pessoas próximas do ex-presidente (2009-2017).
Cerca de 20 legisladores democratas já fizeram o mesmo pedido publicamente e alguns querem realizar uma convenção partidária aberta para escolher um substituto.
União de republicanos
Até agora, o estado de saúde do presidente é o eixo central da campanha republicana e multiplicam-se as peças de propaganda eleitoral com um Biden que comete gafes, gagueja e tropeça.
Aos 78 anos, Trump criticou Biden por seu estado de saúde na última quinta-feira (18), durante o seu discurso na convenção em que foi oficialmente ratificado como candidato. Argumentos que poderiam se virar contra ele mesmo caso a atual vice-presidente, Kamala Harris, de 59 anos, se torne sua adversária.
O eixo da campanha "não mudará fundamentalmente", disse Jason Miller, assessor próximo de Trump, em entrevista à AFP. "Biden, Kamala Harris ou outro democrata de esquerda radical, todos são responsáveis pela destruição de nossa economia", disse Miller, destacando também o que os republicanos consideram uma "crise" devido à migração irregular através da fronteira com o México.
Essas foram as questões centrais abordadas por Trump em uma convenção que se revelou um grande sucesso para o líder da direita americana.
Sua imagem após o atentado, com parte do rosto ensanguentado e o punho erguido enquanto era retirado do local por agentes do Serviço Secreto, percorreu o mundo e reforçou sua figura de homem forte. Além disso, Trump obteve esta semana o apoio dos líderes do partido, incluindo seus ex-rivais internos, sem rachas.
As eleições presidenciais nos Estados Unidos serão realizadas em 5 de novembro.
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