O Ministério da Saúde do Hamas na Faixa de Gaza anunciou neste sábado (27) que um ataque israelense contra uma escola do centro do território palestino deixou 30 mortos e mais de 100 feridos.
"A escola Khadija, que abrigava uma unidade médica improvisada na área de Deir Al Balah, foi alvo recentemente de um ataque que deixou 30 mártires e mais de 100 feridos", afirmou o ministério em um comunicado.
O Exército israelense anunciou uma operação na escola contra "terroristas" que atuavam no local. Segundo a agência de Defesa Civil de Gaza, o local abrigava quase 4.000 pessoas deslocadas que buscaram refúgio no local.
O hospital de campanha dentro da escola pertencia ao Hospital dos Mártires de Al Aqsa de Deir el-Balah, segundo o diretor do centro médico, Khalil Al Daqran.
A Defesa Civil da Faixa de Gaza afirmou neste sábado que quase 170 pessoas morreram em Khan Yunis desde segunda-feira (22), quando começou a operação israelense nesta cidade do sul do território palestino.
"Desde o início da operação militar israelense na região de Khan Yunis, registramos quase 170 mártires e centenas de feridos", afirmou à AFP o porta-voz da agência de Defesa Civil, Mahmud Bassal.
Cessar-fogo
O ataque planejado ocorre um dia antes de autoridades dos EUA, Egito, Catar e Israel se reunirem na Itália e discutirem as negociações em andamento sobre reféns e cessar-fogo. O diretor da CIA, Bill Burns, deve se encontrar com o primeiro-ministro do Catar, Mohammed Bin Abdul Rahman al-Thani, o diretor do Mossad, David Barnea, e o chefe de espionagem egípcio, Abbas Kamel, no domingo (28), de acordo com autoridades dos EUA e do Egito que falaram sob condição de anonimato, pois não estavam autorizadas a discutir os planos.
É a segunda ordem de evacuação emitida em uma semana que incluiu atacar parte da zona humanitária, uma área de 60 quilômetros quadrados coberta de acampamentos de tendas que carecem de saneamento e instalações médicas e têm acesso limitado a ajuda, dizem as Nações Unidas e grupos humanitários.
Israel expandiu a zona em maio para receber pessoas que fugiam de Rafah, onde mais da metade da população de Gaza na época estava aglomerada. De acordo com estimativas israelenses, cerca de 1,8 milhão de palestinos estão atualmente abrigados na região.
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