Ismail Haniyeh, líder do Hamas, assassinado nesta quarta-feiraAFP
Apesar de alguns perfis considerados moderados, os membros do Hamas seguem defendendo em sua maioria um enfoque inflexível na luta por um Estado palestino, inclusive mediante armas.
A seguir, alguns dos possíveis candidatos para substituir Haniyeh:
Khalil al Haya
Em 2006, Al Haya liderava o bloco parlamentar do Hamas, vencedor nas eleições legislativas que logo provocaram enfrentamentos armados com o movimento Fatah do presidente palestino Mahmoud Abbas.
Fervoroso partidário da luta armada, perdeu vários membros de sua família em operações militares israelenses, especialmente em 2007 em sua casa no norte da Faixa de Gaza.
Musa Abu Marzuk
É favorável a um "cessar-fogo de longa duração" com Israel e a aceitar as fronteiras palestinas traçadas após a guerra israelense-árabe de 1967, um tema polêmico no movimento.
Nos anos 1990, morou nos Estados Unidos, onde foi presso por arrecadar fundos para o braço armando do Hamas. Depois, viveu no exílio na Jordânia, Egito e Catar.
Zaher Jabarin
Perto da Turquia, onde viveu, Jabarin recrutou pessoas para atividades de lavagem de dinheiro em grande escala, duas delas foram presas em 2018 em Israel.
Também participou de operações do braço armado do Hamas que deixaram vários mortos.
Khaled Mechal
Em 1997, sobreviveu a uma tentativa de assassinato em Amã por agentes do Mossad, o serviço de inteligência israelense.
Yahya Sinwar
Nascido em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, uniu-se ao Hamas na época de sua criação, em 1987, ano da Primeira Intifada (revolta). Logo fundou o Majd, serviço de segurança interna do Hamas.
Ex-comandante de elite das brigadas Al-Qasam e suposto mentor do ataque de 7 de outubro, é procurado por Israel e está na lista dos Estados Unidos de "terroristas internacionais". Sinwar mantém seus movimentos em total segredo. Não aparece em público desde o atentado.
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