Emmanuel Macron, presidente da França Hannah McKay / POOL / AFP

O presidente da França, Emmanuel Macron, defendeu neste domingo (11) sua decisão de dissolver a Assembleia Nacional "antes" dos Jogos de Paris, e garantiu que isso não "estragou" as disputas, em entrevista ao jornal esportivo L'Equipe.
"A mensagem que os franceses enviaram é muito coerente com a dos Jogos: trabalhar juntos. Isso é o que disseram às forças políticas" nas eleições legislativas antecipadas de 30 de junho e 7 de julho, opinou Macron.
O chefe de Estado francês lembrou que a nomeação de um novo governo está prevista para os próximos dias.
Macron agradeceu à prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e à presidente da região de Ile-de-France, Valérie Pécresse, e lembrou que os três competiram entre si nas eleições presidenciais de 2022.
"E mesmo assim trabalhamos juntos", afirmou.
O presidente insistiu em que, com os Jogos, "os franceses redescobriram que podem fazer grandes coisas juntos".
"Foi feito um enorme trabalho por parte dos departamentos governamentais, das autoridades locais, do movimento esportivo e das federações. Esta é a prova de que quando a França se une, pode conseguir grandes coisas", garantiu Macron.
"Não se deve dar ouvido às 'Cassandras' [metáfora baseada na mitologia grega que simboliza a falta de confiança entre os seres humanos], a todos os que dizem que as divisões são as mais importantes [...] Quando temos objetivos comuns, quando trabalhamos juntos, nada é insuperável", acrescentou.